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Salários dos gestores da CGD deixam de ter limite

08 de junho de 2016 às 17:31

O Governo aprovou o fim do tecto que limitava os salários da administração na Caixa Geral de Depósitos. Decisão abre porta para a entrada dos futuros dirigentes

O Governo aprovou, esta quinta-feira, o fim do tecto que limitava os salários da administração na Caixa Geral de depósitos. "A proposta vem determinar a não aplicação do regime previsto naquele estatuto aos administradores designados para instituições de crédito integradas no Sector Empresarial do Estado, qualificadas como ‘entidades supervisionadas significativas’", revelou o Conselho de Ministros, em comunicado. A única instituição bancária do Estado é a Caixa Geral de Depósitos.

O anterior estatuto do gestor público impedia que os salários de pessoas designadas para altos cargos da administração pública fossem superiores ao do primeiro-ministro.

 

A decisão do Governo surge depois de, na semana passada, ter sido noticiado que os ex-ministros Leonor Beleza e Rui Vilar foram convidados para integrar o novo Conselho de Administração da CGD, liderado por António Domingues.

 

No sábado, fonte próxima de Leonor Beleza confirmou à Lusa que a presidente da Fundação Champalimaud e antiga ministra da Saúde aceitou o cargo na CGD, realçando tratar-se de um "lugar não remunerado".

 

No mesmo dia, contactada pela Lusa, fonte próxima de Rui Vilar confirmou que o antigo ministro dos Transportes e Comunicações num dos governos de Mário Soares já foi abordado para o cargo de vice-presidente, mas não havia uma decisão definitiva. Segundo a mesma fonte, aguardava-se a verificação de um conjunto de condições indispensáveis para que este cenário se concretize.

 

Na sexta-feira, o Jornal de Negócios noticiou que o Governo de António Costa já tem praticamente fechada a nova equipa de gestão da CGD, que vai ter 19 pessoas, revelando que não fica nenhum elemento da actual equipa.

 

Quanto à comissão executiva, além de António Domingues (antigo administrador financeiro do Banco BPI), vai contar com seis membros, um dos quais é Emídio Pinheiro - presidente do Banco de Fomento Angola (BFA), que é controlado pelo BPI.

 

Além disso, a nova equipa deverá contar com 12 administradores não executivos, entre eles, Pedro Norton, ex-CEO do grupo Impresa e Bernardo Trindade, antigo secretário de Estado do Turismo no Governo de José Sócrates, segundo avançou o jornal.

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