Rússia abateu 14 jihadistas ligados ao EI no Cáucaso
Em dois dias, aviões russos realizaram 141 missões de combate contra posições do grupo Estado Islâmico na Síria
As autoridades russas anunciaram hoje terem abatido 14 combatentes de uma rede ligada ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) durante duas operações das forças da ordem em Cabardino-Balcária, no instável Cáucaso russo, junto à Geórgia.
"Onze bandidos foram neutralizados" numa primeira operação "antiterrorismo" na manhã de domingo em Naltchik, na República do Cáucaso do Norte, indicou o Comité nacional antiterrorista num comunicado citado pela agência noticiosa Interfax.
Os rebeldes, que, segundo as autoridades, "faziam parte de um gangue armado, cujos membros juraram fidelidade ao EI", foram mortos depois de terem aberto fogo e lançado granadas contra as forças de ordem, numa zona limítrofe de Naltchik, indicou o comité.
Uma segunda operação, levada a cabo mais tarde, saldou-se em três mortos.
No início de Novembro, a Rússia anunciou ter matado, na República caucasiana de Cabardino-Balcária, o presumível chefe desse grupo ligado ao EI.
A Cabardino-Balcária, no sul da Rússia, é uma das repúblicas russas do Cáucaso do Norte onde actua uma forte guerrilha separatista islâmica.
Forças russas atingem 472 instalações de grupos terroristas na Síria
Aviões russos lançaram, no fim de semana, um total de 472 ataques contra instalações de grupos terroristas que actuam na Síria, informou hoje o Ministério da Defesa russo.
"Aviões das Forças da Rússia realizaram 141 missões de combate e atacaram 472 instalações dos terroristas nas províncias de Aleppo, Damasco, Idleb, Latakia, Homs, Raqqa e Deir al Zur", declarou o porta-voz da Defesa, o general Igor Konashenkov.
Segundo o mesmo responsável, todos os aparelhos que participaram nas operações do fim de semana regressaram em segurança à base síria de Jmeimim, onde se encontra destacado o grupo aéreo russo.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou na terça-feira da semana passada ataques massivos contra o Estado Islâmico (EI), depois de ser conhecido que o despenhamento de um avião russo com 224 pessoas a bordo, em finais de Outubro passado, no Egipto, foi resultado de um atentado perpetrado pelos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico.
O EI publicou fotografias do suposto artefacto explosivo fabricado com uma lata de um refrigerante e anunciou que a Rússia se converteu num alvo prioritário dos seus ataques, depois de o Kremlin ter decidido intervir militarmente na Síria.
Depois dos atentados de Paris, Putin acordou coordenar as acções militares na Síria, juntamente com a França, cujo Presidente, François Hollande, visita Moscovo na próxima quinta-feira.
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