Secções
Entrar

Passos não tem necessidade de "justificar mais nada"

16 de janeiro de 2017 às 21:28

Presidente do PSD acusou ainda o Governo de ser "chantagista" para conseguir o acordo de concertação social

O presidente do PSD disse, esta segunda-feira, não sentir necessidade "de justificar mais nada" sobre a posição do partido quanto à descida da Taxa Social Única (TSU), insistindo que "PSD não servirá para que o Governo faça aprovar esta matéria".

Pedro Passos Coelho, que falava à margem de um encontro da distrital do Porto do PSD, acusou ainda o Governo de ser "chantagista" para conseguir o acordo de concertação social. "Eu já prestei muitas declarações sobre esta matéria do salário mínimo nacional e da TSU e não sinto necessidade de acrescentar mais nada, nem de justificar mais nada", afirmou o líder dos sociais-democratas, para quem "o que é importante que se sublinhe nesta matéria é que o PSD não servirá para que o Governo faça aprovar esta matéria no Parlamento".

Passos Coelho destacou que "o Governo assumiu um compromisso que deve poder cumprir com os parceiros sociais e esse compromisso tem de ser construído dentro da solução maioritária do Governo, não é recorrendo à oposição". "Os primeiros-ministros têm de resolver chatices todos os dias. Se isto é uma chatice para ele, ele resolvê-la-á dentro do Governo e da maioria", sublinhou.

Sobre as críticas à posição do PSD de votar contra a descida da Taxa Social Única, Passos Coelho respondeu: "ninguém está imune às críticas, as pessoas são livres de criticar as posições, isso não me incomoda nada". "Não modifica, evidentemente, a posição que tenho expressado e aquela que é a posição do PSD", acrescentou.

Quanto ao acordo de concertação social, Passos Coelho acusou o Governo de António Costa de fazer "uma simulação de concertação social" e de fazer "uma cena chantagista".

"É um acordo de chantagem com os parceiros", sublinhou o ex-primeiro-ministro.

Questionado sobre o acordo que fez em 2014, enquanto líder do Governo, e que previa a descida da TSU, Passos Coelho destacou que aquela foi "uma medida excepcional" e que representa o "contrário" do que o actual Governo está a fazer.

"Nós tomamos uma medida excepcional que tinha uma contrapartida, que no futuro as actualizações do salário mínimo estariam relacionadas com a produtividade (...). Este Governo fez exactamente o contrário, não podem esperar que a gente apoie o contrário", frisou.

A descida da TSU está prevista no acordo de concertação social que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 557 euros.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela