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Países balcânicos só deixam passar 580 refugiados por dia

26 de fevereiro de 2016 às 16:00

Quatro países dos Balcãs ocidentais concordaram esta sexta-feira deixar passar pelo seu território um máximo de 580 refugiados por dia, no seu percurso rumo à Áustria e Alemanha

Quatro países dos Balcãs ocidentais concordaram hoje em deixar passar pelo seu território um máximo de 580 refugiados por dia, no seu percurso em direcção à Áustria e Alemanha, informou hoje a direcção-geral da polícia eslovena (GPU).

A Eslovénia, Croácia, Sérvia e Macedónia (Antiga república jugoslava da Macedónia, FYROM) concordaram neste número específico em 18 de Fevereiro, durante uma reunião dos chefes das polícias destes quatro países e da Áustria, mas a medida ainda não tinha sido divulgada, informou a agência noticiosa eslovena STA.

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Foto: Yannis Behrakis/Reuters
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Foto: Yannis Behrakis/Reuters


Com esta medida pretende-se conter o fluxo de refugiados na Europa central, e que em simultâneo está a provocar a retenção de milhares de pessoas na Grécia, para onde se dirige a larga maioria desta vaga migratória proveniente das costas da Turquia.

O acordo foi adoptado por consenso entre os cinco países, precisaram as mesmas fontes, apesar de a Croácia não o ter cumprido integralmente.

"Na quinta-feira a Croácia enviou para a Eslovénia um total de 850 refugiados, muito acima do acordo adoptado, e tivemos que recordar-lhes o que ficou combinado", assinalou a polícia eslovena.

Na semana passada os países da designada "rota dos Balcãs" concordaram em Zagreb na aplicação de rigorosos controlos fronteiriços para a entrada de refugiados, com uma primeira "selecção" na fronteira entre a Macedónia e a Grécia.

No entanto, e após a reunião da semana passada, os chefes da polícia negaram a existência de cotas fixas, apesar de reconhecerem que o trânsito dos refugiados estar dependente da capacidade de acolhimento na Áustria e Alemanha.

"Os países signatários comprometeram-se a que o trânsito diário pelos países dos Balcãs ocidentais seria limitado a um número que permita o controlo eficaz de cada imigrante em conformidade com as regras [do espaço] Schengen", assinalou hoje a polícia eslovena.

A introdução de quotas máximas de acolhimento, os apertados controlos de identidade, a devolução de refugiados considerados "económicos", e em particular a exclusão da Grécia da reunião de quarta-feira entre a Áustria e nove países dos Balcãs está a originar um clima de tensão diplomática entre Viena e Atenas.

A Grécia, que em 2015 recebeu mais de 850.000 migrantes, sente-se excluída das decisões unilaterais que estão a ser adoptadas pelos seus vizinhos do norte e hoje recusou uma visita ao país solicitada pela ministra do Interior austríaca, Johanna Mikl-Leitner

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