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Marcelo quer "convergência com o Governo o maior tempo possível"

12 de junho de 2016 às 13:54

A visita à delegação parisiense da Gulbenkian foi o único ponto da conjunta de dois dias e meio à capital francesa em que António Costa não esteve com Marcelo. Apesar dessa "diversidade", o Presidente pediu que a convergência que vive com o Governo se estenda a outros partidos

O Presidente da República e o primeiro-ministro têm dado, nos dias passados em Paris, um exemplo de cooperação a que Portugal não está muito habituado. Este domingo, Marcelo Rebelo de Sousa assumiu que seria bom para Portugal que a sua convergência com António Costa durasse o maior período de tempo possível e se alargasse a outros partidos.

 

O chefe de Estado defendeu que Portugal saía a ganhar se "no maior número de domínios houvesse entendimento no essencial, porque é o que se passa noutras democracias mais avançadas da Europa, e por isso é que elas são mais avançadas", e lamentou: "Infelizmente, não é possível para já na educação, e vai demorar tempo na Segurança Social".

 

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, deve haver entendimentos "em questões fundamentais, na política externa portuguesa, na política de defesa, nas questões que têm a ver com a forma de ver o Estado e de funcionar o Estado"

No final de uma visita à delegação da Fundação Calouste Gulbenkian, Presidente da República começou por enquadrar o seu relacionamento com o primeiro-ministro dizendo que os dois têm estado em Paris "irmanados no mesmo objectivo nacional, em relação às comunidades portuguesas no estrangeiro e relativamente ao relacionamento com a França".

 

Esta visita à delegação parisiense da Gulbenkian foi o único ponto da conjunta de dois dias e meio à capital francesa em que António Costa não esteve.

 

Dali, o Presidente da República seguiria para a missa de domingo no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Paris, a título privado, também sem o primeiro-ministro, antes de os dois se juntarem na festa da Rádio Alfa.

 

"Há diversidades: eu vou à missa, o senhor primeiro-ministro não vai à missa porque temos visões diversas, maneiras de encarar o mundo", salientou Marcelo Rebelo de Sousa.

 

O Chefe de Estado aproveitou a ocasião para fazer um balanço "muito positivo" da sua visita a Paris e realçou a boa relação com o chefe de Estado francês, salientando a importância das "empatias pessoais" na política.

 

Marcelo assumiu que o encontro com François Hollande "ultrapassou as expectativas" e foi um dos aspectos positivos desta deslocação a Paris com o primeiro-ministro para comemorar o Dia de Portugal. Houve "uma convergência de posições sobre a Europa, desde logo numa parte importante, que é a questão financeira, orçamental, mas depois sobre todos os grandes temas europeus", referiu, destacando também "o prazer com que o Presidente francês estava na reunião com os portugueses" realizada na Câmara Municipal de Paris.

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