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Elefante atacou três veículos com turistas no sul da China

17 de fevereiro de 2016 às 10:59

Animal ultrapassou limites da reserva de Yexianggu onde vivia. A zona não é delimitada por barreiras físicas

As autoridades do sul da China procuram controlar desde a semana passada um elefante selvagem que nos últimos dias atacou três veículos que transportavam turistas, após cruzar os limites da reserva natural onde habita.

Zhusunya, um dos 150 elefantes da reserva natural de Yexianggu, situada na província de Yunnan, insiste em sair para as estradas, atacando automóveis.

O último incidente, ocorrido na segunda-feira, parece não ter deixado vítimas, mas resultou em vinte carros danificados, segundo a agência oficial chinesa Xinhua.

A polícia retirou os turistas e cortou o trânsito na zona afectada.

O animal, entretanto, decidiu voltar à reserva esta noite.

Já no passado fim-de-semana Zhusunya provocou danos a outros vinte veículos estacionados nas proximidades da reserva, que não tem qualquer barreira física.

Segundo os responsáveis de Yexianggu, o paquiderme poderá estar chateado por não ter encontrado uma companheira, enquanto outras fontes citadas pela agência oficial Xinhua culpam o aumento do fluxo de turistas por altura do Ano Novo Lunar.

Durante este período, a maior festa das famílias chinesas, milhões de pessoas viajam por todo o país, naquele que é conhecido como o maior movimento migratório interno do mundo.

Com 10 mil metros quadrados, a reserva de Yexianggu é um dos principais destinos turísticos da região de Yunnan, no sudoeste da China.

Nos últimos anos, o "gigante" asiático converteu-se no centro mundial de comércio ilegal de marfim, cuja demanda põe em perigo a sobrevivência dos elefantes.

Ainda assim, o país protege os direitos destes animais no sul de Yunnan.

A ausência de barreiras físicas na reserva já levou os elefantes a entrar em campos agrícolas próximos para procurar comida, gerando conflitos com os camponeses, e inclusive matam duas pessoas, em média, todos os anos, segundo dados oficiais.

Em alguns casos, o Governo chinês ofereceu indemnizações de até 10 milhões de yuan (1,3 milhões de euros), mas as lutas entre os homens e o animal persistem.

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