Secções
Entrar

Covid-19: China diz que 95% das grandes empresas fora do epicentro já operam

13 de março de 2020 às 09:50

Fora de Hubei, a taxa de negócios que já retomaram atividade, entre as grandes e as pequenas e médias empresas é de 95% e 60%, respetivamente.

O vice-ministro da Indústria da China, Xin Guobin, disse hoje que cerca de 95% das grandes empresas do país localizadas fora da província de Hubei, epicentro da epidemia do novo coronavírus, já retomaram a atividade.

"A China está a tentar voltar ao trabalho depois de impor restrições apertadas ao transporte e mobilidade das pessoas como forma de conter a propagação do vírus", disse Xin, em conferência de imprensa, em Pequim.

As medidas, apesar de "incomuns", permitiram ao país "conter a epidemia de forma preliminar", segundo o vice-ministro. "Voltar ao trabalho, retomar a produção e a atividade comercial é essencial e está a ser feito de maneira coordenada", afirmou.

Fora de Hubei, a taxa de negócios que já retomaram atividade, entre as grandes e as pequenas e médias empresas é de 95% e 60%, respetivamente, segundo o responsável.

Embora tenha descrito o momento atual como "positivo", ele reconheceu que as empresas chinesas ainda enfrentam "escassez de fundos, de pessoal e de fornecimento".

"Em geral, a eficiência da operação da cadeia industrial é baixa", admitiu Xin, acrescentando que "a disseminação do vírus pelo mundo está a criar muitas incertezas quanto ao retorno ao trabalho na China".

"A China vai coordenar com outros países para promover o retorno à atividade", afirmou.

"Faremos todo o possível para minimizar o impacto da epidemia e garantir que o desempenho industrial se fixe no nível certo", acrescentou.

Apesar dos dados oficiais, a atividade económica na China está longe de voltar ao normal, com grande parte da população a trabalhar a partir de casa e muitos escritórios e instalações comerciais encerrados.

O Governo central vai ainda enviar pessoal para algumas regiões e províncias para "monitorizar" o progresso na retoma do trabalho e da produção, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

A China anunciou na quinta-feira que o pico da epidemia no país foi atingido, mas ainda não suspendeu as rigorosas medidas de prevenção que mantêm grande parte da população em casa.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 7, para 3.176. No total, o país soma 80.813 infetados.

No entanto, o país registou hoje apenas oito novos casos de infeção pelo Covid-19, o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro, confirmando uma queda no número de novos infetados.

O surto de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos, entre mais de 131 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela