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Costa pergunta "em que país vive" Rui Rio por não compreender necessidade de apoios

22 de setembro de 2021 às 21:00

António Costa frisou que, se tivessem "sido outros a governar, a resposta não teria sido a de apoiar "as empresas quando elas tiveram de encerrar".

O secretário-geral do PS, António Costa, perguntou hoje "em que país vive" Rui Rio por não compreender que o país está a "sair de uma crise" e que as empresas, os trabalhadores e as famílias precisam de apoio.

Falando em Castelo Branco, num comício de apoio ao candidato do PS à Câmara Municipal local, Leopoldo Rodrigues, o secretário-geral referiu, pela primeira vez durante a campanha autárquica, o líder do PSD, Rui Rio.

"Em que país é que vive o líder do PSD, que não compreende que estamos a sair de uma crise terrível, onde as empresas o que precisam é de apoio, onde os trabalhadores o que precisam é de apoio no seu rendimento, onde as famílias o que precisam é de condições para poder viver melhor porque só assim é que nós enfrentamos com sucesso esta crise?", interrogou-se António Costa.

Salientando que, durante a pandemia, houve um "esforço coletivo" para apoiar "as empresas quando elas tiveram de encerrar", "a manutenção de emprego", para "ajudar a proteger o rendimento" e para "dar força ao Serviço Nacional de Saúde", António Costa frisou que, se tivessem "sido outros a governar, a resposta não teria sido esta".

"O PSD nunca o tem escondido. Quando nós dissemos 'estamos em crise, mas temos de proteger os rendimentos, sobretudo os mais fracos, e por isso temos que continuar a aumentar o salário mínimo nacional', o PSD foi contra o aumento do salário mínimo nacional", indicou.

Continuando com as críticas ao principal partido da oposição, o secretário-geral do PS abordou também o encerramento da empresa Dielmar, localizada em Alcains, onde Rui Rio acusou o Governo de "esturricar" oito milhões de apoios "sem critério".

"Quando apoiámos uma grande empresa importantíssima aqui em Alcains, ainda recentemente o líder do PSD veio lamentar que tivéssemos apoiado essa empresa que infelizmente faliu, mas que, felizmente, tem os seus ativos em condições de serem preservados, poderem ser comprados e poder ser relançada essa empresa e recuperados esses postos de trabalho", destacou.

António Costa referiu-se ainda às medidas de 'lay-off' que foram implementadas devido à pandemia, para criticar novamente Rui Rio.

"Quando aumentámos e garantimos desde janeiro passado que o lay-off era pago a 100%, quando, ainda ontem [terça-feira] entrou em vigor a gratuitidade das creches para todas as famílias que estão no segundo escalão, aquilo que o líder do PSD diz é que damos apoios sociais a mais e que os apoios sociais desincentivam as pessoas", criticou.

Demarcando-se assim do PSD, o também primeiro-ministro referiu que Portugal irá virar a página da pandemia "não com austeridade, mas com solidariedade, e a caminho de um país mais próspero para todos".

"Sim, nós não somos todos iguais. Há os que ainda hoje acham que a austeridade é a única resposta e aqueles que acham, como nós, que a resposta está sempre, sempre, sempre na solidariedade entre todos nós", indicou.

Fazendo a ponte com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que surgiu, segundo o secretário-geral do PS, porque a União Europeia também se apercebeu da necessidade de solidariedade nesta crise, António Costa voltou a aludir às críticas que tem recebido dos restantes partidos por estar a falar das verbas europeias em plena campanha autárquica, para referir que o PRR "não é um folheto, não é uma ilusão, não é uma promessa, é um contrato que o Estado português já assinou com a União Europeia (UE)".

"E eu percebo que quem não faz, não gosta de gente que faz, nem que nós digamos o que estamos a fazer, e que nós digamos o que fizemos. Mas nós quando vamos a votos, não dizemos só aquilo que nos propomos fazer no futuro, temos também o dever de prestar contas, e são contas que nós temos que prestar e que nós devemos prestar", frisou.

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