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Assembleia Geral do Sporting: Votos começaram a ser contados

17 de fevereiro de 2018 às 19:16

Bruno de Carvalho ameaçou que se demite caso um dos dois primeiros pontos não passe.

As urnas da Assembleia Geral do Sporting encerraram hoje, pelas 19 horas. De acordo com o jornal Record, pelo menos 6400 pessoas votaram e os ingressos já começaram a ser contados. 

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Foto: Cofina Media
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Os sócios do Sporting decidem hoje o futuro de Bruno de Carvalho como presidente do clube, numa Assembleia Geral em que vão a votos alterações de estatutos e do regulamento disciplinar e a própria continuidade dos órgãos sociais.

O presidente do Sporting anunciou que se demite de imediato no caso de um dos dois primeiros pontos não passar, o que acontece se não tiverem 75% de votos favoráveis, como determinam os estatutos, e definiu a mesma margem para se manter no cargo, assegurando que, se sair, não se recandidata.

O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, disparou hoje diversos ataques no arranque da Assembleia Geral (AG) em que se votam propostas de alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar e a continuidade dos órgãos sociais.

Num discurso de vários pontos, foram alguns os alvos do líder 'leonino', nomeadamente Pedro Madeira Rodrigues, candidato derrotado nas eleições de 2017, dizendo que "fugiu de Portugal, mas já fez mais intervenções desde dia 03 [de fevereiro] do que fez na campanha eleitoral".

Madeira Rodrigues, que contestou o timing escolhido para as alterações de estatutos após a AG de há duas semanas, já tinha anunciado que estaria ausente na reunião magna que se iniciou às 14:00 no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.

"Nos últimos 20 anos, ninguém ouviu falar deste senhor no universo sportinguista", disse Bruno de Carvalho.

O antigo presidente do Sporting José Roquette, que acusou Bruno de Carvalho de populismo e de ser o Donald Trump do futebol português, também foi visado.

"[É] um homem que representa tudo o que há de errado neste país, com casos gravíssimos de justiça, ou de não justiça. Recordo as palavras de João Rocha, que o acusou de pensar que o Sporting era uma operação fácil como o [banco] Totta, onde ganhou numa operação ilegal 20 milhões de contos sem sequer pagar impostos. Sou populista com muito orgulho, porque fui eu que me afastei das elites, dos grupos e dos grupinhos, para dar a voz aos sócios e adeptos do Sporting", afirmou Bruno de Carvalho.

Outra das figuras atacadas pelo líder do Sporting foi Rogério Alves, antigo presidente da mesa da AG do Sporting, de quem disse ser um detrator dos bastidores, com a ambição de vir a presidir ao clube.

"Por que não fala dos almoços e jantares que nunca cessam porque este é clube do bota-abaixo constante? Por que se quer manter como o D. Sebastião do nosso clube e não afirma de uma vez que quer ser presidente do Sporting e que tudo fará para o conseguir?", questionou.

O treinador Marco Silva, que deu ao Sporting a Taça de Portugal em 2015, quebrando uma série de sete anos sem título, antes de sair em litígio com Bruno de Carvalho, também não foi poupado, afirmando que o técnico "foi despedido do Olympiacos, desceu de divisão uma equipa que gastou milhões [Hull] e foi despedido do Watford".

Entre outros visados, os comentadores televisivos Carlos Seixas e Carlos Severino, candidato à presidência do Sporting em 2013, foram acusados por Bruno de Carvalho de passarem informações ao Benfica.

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