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António Costa e MNE já reagiram à eleição de Trump

09 de novembro de 2016 às 12:10

António Costa felicitou o presidente eleito esta terça-feira e espera manter as "excelentes" relações com os Estados Unidos da América. Augusto Santos Silva espera que o país mantenha "a sua posição de moderação, equilíbrio e influência" e acredita não há razão para alarme das comunidades portuguesas nos Estados Unidos

O primeiro-ministro português já felicitou Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais. António Costa garantiu estar confiante de que Portugal vai manter as "excelente" relações com os Estados Unidos da América. 

Costa falou sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos no final de uma sessão de apresentação do balanço sobre os primeiros seis meses de execução do Programa Nacional de Reformas (PNR).

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, saudou a eleição do novo Presidente norte-americano, Donald Trump. Santos Silva sublinhou ainda que espera que os Estados Unidos mantenham a sua posição de "moderação, equilíbrio e influência na cena internacional".

 

"O Governo português saúda a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos, felicita-o por esse feito e cumprimenta a candidata [democrata] Hillary Clinton", disse à Lusa o chefe da diplomacia portuguesa.

 

O ministro referiu ainda que espera que os Estados Unidos "mantenham a sua posição de moderação, equilíbrio e influência na cena internacional, designadamente no quadro multilateral, com particular atenção às Nações Unidas e à Aliança Atlântica".

 

A nível bilateral, os dois países "estão unidos por uma relação histórica, por muitos interesses comuns, pela presença de uma importante comunidade portuguesa nos Estados Unidos e um programa de cooperação muito diversificado, que vai da segurança e defesa, à economia, à energia e à ciência", sublinhou o governante.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu que o executivo português vai trabalhar com a nova administração "com o mesmo empenhamento" com que trabalhou com administrações anteriores e apontou uma prioridade no relacionamento bilateral: "reforçar o quadro de cooperação entre os dois países".

 

Uma cooperação que, enunciou, tem várias dimensões, desde logo a de segurança e defesa, "em particular no que diz respeito ao pleno aproveitamento das capacidades nas Lajes". Outras áreas do relacionamento bilateral são as consultas políticas, nomeadamente quanto à relação entre o Atlântico Norte e o Atlântico Sul e "a cooperação científica e tecnológica, uma área muito promissora e muito desenvolvida nos anos mais recentes", exemplificou Santos Silva.

 

Há, também, "muito trabalho a fazer do ponto de vista do estímulo das relações económicas, comerciais e de investimento" entre os dois países, acrescentou.

 

Sobre o que espera da política externa da futura administração norte-americana, Santos Silva afirmou que Portugal aguarda "com expectativa" a definição das prioridades, mas confia que estas "se situem em continuidade com as linhas fundamentais da maneira de ser e de agir dos Estados Unidos no mundo".

 

O Governo português acredita que as prioridades do futuro Presidente dos Estados Unidos "dêem continuidade ao empenhamento dos Estados Unidos no sistema das Nações Unidas, na agenda 2030 [da ONU] sobre os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, na agenda das alterações climáticas, em cumprimento do acordo de Paris, no fortalecimento da Aliança Atlântica e no desenvolvimento das relações económicas entre os Estados Unidos e a União Europeia" - que estão a negociar um acordo de comércio, o chamado TTIP, na sigla inglesa. "Precisamos de uns Estados Unidos activos na cena multilateral e no quadro da regulação, da resolução pacífica dos conflitos, na regulação dos mercados de capitais, na regulação da globalização, no estreitamento das relações com a Europa", sublinhou.

 

Questionado se a comunidade portuguesa nos Estados Unidos tem motivos para ter receios, face ao discurso anti-imigração de Donald Trump durante a campanha, Santos Silva disse acreditar que não. "A comunidade portuguesa e lusodescendente está muito bem enraizada na sociedade norte-americana, que é multicultural", defendeu.

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