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Acidente mortal de Sara Carreira. Tribunal decide se haverá julgamento

Lusa 23 de fevereiro de 2023 às 13:01

O início do debate instrutório será antecedido da tomada de declarações da fadista Cristina Branco, que é acusada, juntamente com o ator Ivo Lucas, de homicídio negligente, pela morte da cantora Sara Carreira.

O debate instrutório do processo da morte da cantora Sara Carreira, num acidente ocorrido na A1 junto a Santarém, em dezembro de 2020, começa hoje no Juízo de Instrução Criminal de Santarém.

sara carreira Instagram

O início do debate instrutório será antecedido da tomada de declarações da fadista Cristina Branco, que é acusada, juntamente com o ator Ivo Lucas, de homicídio negligente, pela morte da cantora Sara Carreira.

O processo volta ao Juízo de Instrução Criminal de Santarém depois de o Ministério Público (MP) ter deduzido nova acusação, em novembro último, para suprir nulidades invocadas, em fevereiro de 2022, pela juíza de instrução, decisão confirmada, em setembro, pelo Tribunal da Relação de Évora.

Voltaram a pedir abertura de instrução os pais de Sara Carreira, António (Tony) Carreira e Fernanda Antunes, e constituíram-se assistentes no processo, Cristina Branco e Tiago Pacheco.

No pedido de abertura de instrução, os pais de Sara Carreira aderiram à acusação do Ministério Público, mas insistiram que deve ser também acusado de homicídio negligente Paulo Neves, o condutor que seguia a uma velocidade inferior à mínima permitida por lei em autoestrada e que acusou uma taxa de alcoolemia de 1,18 gramas por litro quatro horas depois do acidente.

Também Cristina Branco reitera a discordância com o arquivamento do crime de homicídio negligente em relação a Paulo Neves, não percebendo, igualmente, que não lhe tenha sido imputado o crime de condução sob efeito de álcool.

Tiago Pacheco, acusado de condução perigosa de veículo e duas contraordenações (uma leve e uma grave), afirma, no pedido de abertura de instrução, não ter sido notificado para pagar voluntariamente coima por contraordenação grave, como a lei prevê, pedindo a extração de certidão a remeter à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), para instauração de um procedimento autónomo de contraordenação, no âmbito do qual se defenderá.

Afirma, ainda, que as peritagens não permitem concluir que conduzia a 140 quilómetros/hora, como afirma a acusação e que nega ter acontecido.

O MP acusa Paulo Neves da prática de um crime de condução perigosa e três contraordenações ao Código da Estrada (uma leve, uma grave e uma muito grave), Cristina Branco do crime de homicídio negligente e duas contraordenações graves, Ivo Lucas, namorado de Sara Carreira, por homicídio negligente e duas contraordenações (uma leve e uma grave) e Tiago Pacheco por condução perigosa de veículo e duas contraordenações (uma leve e uma grave).

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