Drake ganha acesso a documentos confidenciais da editora de Kendrick Lamar
O pedido foi aprovado por uma juíza e está incluído num processo de difamação sobre a canção Not Like Us do rapper Kendrick Lamar.
Na sequência do processo de difamação iniciado por Drake, o rapper canadiano, pediu e recebeu acesso a contratos da editora discográfica, Universal Music Group (UMG), que representa Lamar e Drake, assim como informação adicional sobre salários e bónus dos executivos dos quadros da empresa.
Drake está a acusar a empresa de difamação por ter permitido o lançamento e a promoção da canção de Lamar, onde o acusa de ser pedófilo, espalhando uma "narrativa falsa e maliciosa". Nos documentos, Drake acusa a Universal de saber que as letras de Kendrick eram falsas mas mesmo assim "continuou a atirar lenha para a fogueira" da polémica de forma a ganhar lucro.
Em resposta a estas acusações a UMG, que é a editora discográfica de Drake há mais de uma década afirmou que, "não só estas acusações são falsas, mas a noção de que tentaremos prejudicar a reputação de qualquer artista, muito menos o Drake, é ilógica".
"Ao longo da sua carreira, Drake tem usado intencionalmente e com sucesso a UMG para distribuir a sua música e a sua prosa envolvendo-se em batalhas de rap de forma a expressar os seus sentimentos sobre outros artistas", explicou a empresa, acrescentando ainda que neste caso Drake tinha "perdido uma batalha de rap que ele próprio provocou e na qual tinha participado de livre vontade".
"Ele procura agora usar esta ação legal como arma para silenciar a expressão criativa de outro artista e para pedir uma indemnização [à Universal] por ter distribuído a música desse mesmo artista", concluiu a editora.
No mês passado a Universal pediu a anulação da ação judicial, considerando-a uma tentativa "ilógica" de "silenciar" a expressão criativa de Lamar. No entanto, na quarta-feira, a juíza Jeannette A Vargas deu ordem de que o processo de recolha de provas continuasse, dando à equipa de Drake acesso a estes documentos.
À BBC, o principal advogado de Drake, Michael Gottlieb, celebrou esta decisão através de um comunicado onde diz que "agora é a altura de ver o que a UMG estava tão desesperadamente a tentar esconder". Segundo o pedido, a equipa de Drake pretende ter acesso a documentos, incluindo "todos os contratos entre a UMG e Kendrick Lamar" e os salários e potenciais bónus que quaisquer membros dos quadros, desde 2020.
Esta ação judicial do Drake marca apenas um momento na rixa entre ambos os rappers que dura há cerca de um ano. Os artistas entraram em confronto durante uma troca de canções, que teve início com o lançamento de Family Matters onde Drake acusa Kendrick de violência doméstica. Lamar respondeu mais tarde com a canção Not Like Us onde diz que Drake e o seu grupo mais próximo são pedófilos.
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