
O mês que expulsou os milionários do país
Com as contas congeladas, foram impedidos de entrar nas empresas e presos em beliches de Caxias. Alguns, fugiram – um deles pelo telhado de casa.
Com as contas congeladas, foram impedidos de entrar nas empresas e presos em beliches de Caxias. Alguns, fugiram – um deles pelo telhado de casa.
Os maiores grupos económicos podiam ter mais de 100 empresas em Portugal, Angola e Moçambique. Muitos eram controlados por famílias como os Champalimaud, Mello e Espírito Santo. Tinham fábricas, bancos, hotéis e cinemas. Alguns dos herdeiros discutiam negócios ao domingo com Salazar.
Começou por pintar na sala da sua casa, em Queluz, mas também nos escritórios da Siderurgia Nacional, onde conheceu António Champalimaud. Católico e comunista, dizia poemas de improviso, desenhava obsessivamente, conviveu com Almada Negreiros e Júlio Pomar.
Figuram entre os “donos” do País por causa da longa dinastia comercial e industrial que construíram. O patriarca nasce no século XVIII, mas, da política aos negócios, os seus descendentes estão por todo o lado e instalam-se nos mais prestigiados cargos públicos.
Tiveram os maiores barcos de Angola, fizeram corridas de carros em Jaguares, mandaram erguer igrejas com santos e bispos vindos da metrópole, a mesma metrópole de onde chegaram a enviar governantas para casas com ares condicionados instalados por portugueses. Na África de todas as oportunidades, alguns montaram negócios nunca vistos – como os pioneiros da cerveja e do whisky local –, outros enriqueceram com algodão, fazendas de gado e abacaxi ou conservas de atum.
A invasão da Ucrânia agravou a espiral de custos gerada o ano passado após a pandemia. Os materiais que entram no que consumimos estão todos a subir em flecha. Na batalha para ver quem paga, muitos produtores preparam uma guerra com os supermercados. Mais de metade dos gastos das famílias são nos bens que mais vão subir: alimentos essenciais são o principal.
O Ministro da Economia afirma que não tem notícia de paragens generalizadas nas empresas por causa dos aumentos dos custos e que não há razões que justifiquem lançar de novo mão da medida do lay off simplificado, criada durante a pandemia, quando foi preciso parar e mandar trabalhadores para casa.
São metais, vidro, plásticos ou têxteis que são aproveitados por vidreiras ou cimenteiras. Os inspetores detetam problemas nas fronteiras ou nos portos e reenviam estes resíduos para trás. Mais difícil é fazer pagar todas as coimas. IGAMAOT abriu 156 inquéritos em cinco anos.
Os conflitos entre António, Carlos, Maria Ana e Henrique incluíram insultos, acusações de assaltos e até uma prisão preventiva que durou quatro anos e meio. Chegaram a ter mais de 30 processos em tribunal uns contra os outros. Dois deles morreriam sem nunca voltarem a falar – ainda que tenham estado internados no mesmo hospital.
Moradores da Aldeia de Paio Pires, no Seixal, queixam-se há seis anos da existência de um pó preto, que se acumula nas ruas, varandas e veículos
O Museu Mineiro, em Gondomar, conta com nove mil cadastros, três mil fotografias e milhares de documentos sobre os homens e as mulheres que trabalharam no complexo mineiro.
Na véspera, o comunista, que morreu nesta terça-feira, 10, ouviu uma explosão no recinto e pensou que era um ataque bombista. Foi há 43 anos e ccabou por ser um acontecimento em grande, com direito a televisão interna e tudo
A Quercus advertiu que a empresa em causa poderia ser uma das indústrias que tem contribuído para os "sucessivos episódios" de poluição em Paio Pires.
O pó depositado nas varandas e nos automóveis em Paio Pires, perto da siderurgia, não constitui perigo para a saúde, revela estudo. Contudo, não foram analisadas as partículas mais pequenas e potencialmente perigosas.
O parlamento pede ainda que o Governo "proceda à divulgação pública dos estudos efetuados, dando conhecimento à autarquia local e à Assembleia da República".
Desde o início do ano que os carros e casas de Paio Pires têm estado cobertos por um pó branco difícil de sair, mas desde 2014 que se verifica um pó negro.