Socialismo europeu em estado: Vegetativo
A queda do socialismo enquanto força dominante em muitos países europeus não se deu de forma abrupta, mas através de um processo gradual de desgaste.
A queda do socialismo enquanto força dominante em muitos países europeus não se deu de forma abrupta, mas através de um processo gradual de desgaste.
Para a nova direita radical populista, que avança numa Europa em que “o centro está a desaparecer”, a ideia económica de que o mercado resolve tudo morreu, sublinha Jaime Nogueira Pinto – e o wokismo é alimento para crescer.
Era do PSD e votava em Sócrates, mas foi no populismo que vingou. Ressentido com uma “traição” de Montenegro, Ventura demitiu-se de vereador em Loures e criou o Chega com amigos – que já saíram do partido. Uma história com falsificações, dívidas pagas pelo próprio e “facadas nas costas”.
Os que não consideravam assim tão trágica a vitória da extrema-direita, mesmo que não votassem nela, estão agora arrepiados com os resultados do senhor Mélenchon como se isso fosse pior, ou uma mesma coisa. Não é, até porque Mélenchon dificilmente governará.
Que coligação é esta que conseguiu "roubar" o primeiro lugar à extrema-direita na segunda volta? E quem vai governar a França depois deste resultado tripartido?
A narrativa da extrema-direita contra a ecologia punitiva, que tem tanto de simplista como de populista, é aquela que mais consegue capitalizar votos, convencendo aqueles a quem o sistema não soube dar resposta.
A transformação camaleónica que Marine Le Pen produziu desde 2011, quando tomou as rédeas do partido, foi agora potenciada até ao zénite por Jordan Bardella, que está longe de ser uma marioneta da líder do partido. Suspeito que, tragicamente, ainda vamos ouvir falar muito dele.
Não precisamos de recuar tantas décadas para considerarmos inimaginável o momento que vivemos na Europa. Momento que, conforme von der Leyen bem refere, se caracteriza por um forte questionamento dos valores da União Europeia e das suas Democracias.
"É muito importante que todos os franceses vão votar", defendeu Gabriel Attal. Segunda volta das eleições legislativas está marcada para domingo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que Portugal deve apoiar entusiasticamente o alargamento da União Europeia para leste, é contra um exército e impostos europeus e defende mais políticas de reagrupamento familiar para imigrantes.
Que Europa teremos se Le Pen ganhar as eleições presidenciais em França em 2027? E se a Le Pen, Viktor Orbán e Giorgia Meloni se juntarem outros lideres com visões semelhantes sobre o futuro da UE?
A Lei do Restauro da Natureza seria, em abstrato, pouco polémica. Trata-se de uma típica política europeia, moderada e pouco interessante. Não obstante, foi arrastada para o olho do furacão.
Numa altura em que a implementação do Pacto Verde Europeu é fundamental para o combate às alterações climáticas e que a crise migratória continua sem uma resposta humanitária robusta, esta viragem à direita radical pode comprometer muito do trabalho desenvolvido até aqui e colocar em crise os valores fundacionais da União Europeia.
A francesa trouxe a sua própria segurança e saltou o cocktail inicial. O português forçou o tom para agradar.
Líder do Chega justificou a afirmação ao dizer que "a principal ambição de António Costa e dos seus aliados" era que o primeiro-ministro português fosse presidente do Conselho Europeu.
Governo francês aprovou a revisão do sistema de pensões, sem passar pelo Parlamento. Passo levou oposição a anunciar moção de censura que deve ser apresentada esta sexta-feira.