
Como Portugal vai investir em Defesa com a ajuda da Europa
Portugal está a preparar candidaturas nas áreas das "munições, sistemas de satélite, sistemas terrestres, plataformas navais, sistemas não tripulados", entre outros.
Portugal está a preparar candidaturas nas áreas das "munições, sistemas de satélite, sistemas terrestres, plataformas navais, sistemas não tripulados", entre outros.
A melhor notícia face há 21 anos: a economia está muito mais equilibrada e resiliente. A pior: os preços de algumas coisas cruciais subiram muito mais do que os salários.
O problema crónico das contas públicas não foi tema no debate entre Montenegro e Pedro Nuno. Está a deixar de ser um problema, precisamente na melhor altura.
A Europa reagiu e tem um plano ambicioso para se preparar para a ameaça russa. Mas precisa de tempo e ninguém sabe se, até lá, os EUA de Trump vão continuar a protegê-la. Até agora, da Casa Branca e do Kremlin, vemos uma vontade comum de nos dividir e enfraquecer. Ignorar ou desvalorizar não é prudente.
Além da re-militarização do continente, a Comissão Europeia desencadeou também um processo obscuro de reversão da legislação climático-ambiental vigente.
O primeiro-ministro admitiu que se numa segunda fase for necessário envia um contingente de vontade para a Ucrânia. “Portugal estará naturalmente do lado daqueles que mantém a paz e a segurança”.
Como lembraram os líderes da UE no seminário anual organizado também esta semana em Bruxelas para o corpo diplomático da União: o mundo de hoje é marcado pela "desordem e complexidade" segundo Costa e por uma geopolítica "hiper-competitiva e hiper-transaccional," de acordo com von der Leyen.
No passando, fechar acordos envolveu convívios em casa de Costa, telefonemas entre Marcelo e Guterres e refeições no Tivoli com Manuel Monteiro. E alguma discrição.
Pacto pretende dar aos Estados-Membros maior capacidade para investir na transição climática, digital, direitos sociais e a defesa.
Na última legislatura, 72% das votações foram conseguidas graças à “grande coligação” entre PPE, Socialistas e Liberais. Os três partidos do arco da governação europeísta têm prioridades capazes de gerar acordos na próxima legislatura. Os trabalhos parlamentares vão depender da coesão do bloco central mas também do peso das direitas radicais.
Entre as mudanças está o alargamento dos programas de ajustamento de três para quatro anos. Estados com dívida acima dos 90% do PIB estão obrigados a uma redução média da mesma de 1% ao ano.
Foi o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, que viajou para Bruxelas.
"Ninguém pode ficar satisfeito com uma perspetiva de crescimento medíocre", assinalou Francisco Assis.
Compras do Estado mais caras. Exigências de salários e pensões mais altos. Mais dinheiro em juros. A inflação alta porá o novo governo sob pressão logo no arranque.
O BCE vai reduzir a compra de dívida pública, as taxas de juro devem subir e a inflação está a disparar. Será esta uma tempestade perfeita para Portugal? Os economistas dizem que “o diabo ainda não vem aí”. Mas há riscos.
O ex-Presidente da República não poupa nas palavras: diz que será preciso muita coragem política para tirar o País do beco a que a “geringonça” o conduziu e não tem dúvidas em considerar o euro uma bênção para os portugueses.