Pedro Nuno Santos, a pessoa certa na altura errada
A geringonça veio inaugurar um novo período da política nacional, mais dinâmico e participado. A democracia não se deve cingir ao passar de bola entre dois partidos grandes.
A geringonça veio inaugurar um novo período da política nacional, mais dinâmico e participado. A democracia não se deve cingir ao passar de bola entre dois partidos grandes.
A abstenção atingiu níveis recordes em 2019, mas a realidade não é tão má quanto mostram os números. Porém, não deixa de ser preocupante, avisam os especialistas.
Como dois ex-namorados, os líderes do PS e PCP lembraram memórias bonitas e ponderam voltar. Mas como todas as relações, há más recordações: Raimundo falou de "chantagens", Pedro Nuno lembrou "negas".
Os estudos mostram que são mais indecisos na hora de votar e que tendem a preferir partidos mais das franjas. Investigadores avisam que intenções de voto nas sondagens podem não significar um voto nas urnas.
A forma histérica como as elites mediáticas dão palco e importância a fenómenos marginais é um dos combustíveis para que os marginais se tornem centrais. Apontar o dedo ao povo bruto/racista/fascista (escolham vocês) só consola as almas simples.
Ainda assim 51% da população considera improvável o regresso do Reino Unido para a União Europeia.
Estudo "Portugal, Balanço Social 2022", com base em dados do INE, indica que a pandemia acentuou esta tendência. Madeira, Algarve e Norte são as zonas que passam mais dificuldades.
O racismo-feito-ciência de Pacheco do Amorim não é um problema só dele, pobre besta sem noção do ridículo. É uma produção cultural de um país sem noção de si mesmo.
O antropólogo e biólogo reforça que, apesar da ideia de que somos um país de brandos costumes, a nossa colonização não foi assim tão branda. O professor Rui Diogo diz que existe racismo em Portugal e que são necessárias ações concretas, como as quotas, para mudar isso.
Se queremos discutir assuntos sérios – e há muitos para discutir – temos de ir além da cretinice infantil das “guerras culturais” e da lógica tribal das claques.
Organização descreve o Chega como um partido que "promove ativamente o racismo e a xenofobia" e acusa o líder, André Ventura, de "mentir deliberadamente" quando diz que Portugal não é racista.
O European Social Survey refere que 62% dos inquiridos portugueses indicaram existir grupos étnicos ou raciais que, por natureza, são mais inteligentes ou mais trabalhadores, ou que existem culturas que são mais civilizadas do que outras.
Para a secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, "há um racismo tácito e há um racismo expresso" no país.
Segundo um estudo internacional, Portugal é o quarto país europeu com índices mais altos de satisfação com o Governo. Por outro lado, portugueses são dos mais insatisfeitos com a vida em geral.
Hungria também está entre os países com menos praticantes regulares.