A honra perdida de Israel
O alargamento propagandístico da acusação de anti-semitismo só serve os verdadeiros anti-semitas e acaba por aprofundar o isolamento de Israel
O alargamento propagandístico da acusação de anti-semitismo só serve os verdadeiros anti-semitas e acaba por aprofundar o isolamento de Israel
Argumento surgiu durante um discurso para um público maioritariamente judeu. Entre as declarações referiu ainda que quem votar na sua rival, Kamala Harris, deveria "fazer exames à cabeça".
Apoiar Trump justifica-se essencialmente pela certeza praticamente absoluta de que o ex-presidente é o único líder capaz de desfeitear as conspirações dos inimigos da Grandeza Americana.
Trump faz tudo o que um agente russo é suposto fazer contra a Ucrânia e contra a NATO, apoia sem qualquer reserva o assalto israelita a Gaza, com milhares de mortos e de preferência com muitos mais, e quer deixar a Europa para Putin.
À partida, deveríamos todos estar a pensar e a debater os problemas que se colocam, a nível europeu e mundial, aos cidadãos da União, mas não é isso que está a acontecer, nem em Portugal nem nos demais países desta Confederação Europeia.
A Montenegro está reservado um papel mais modesto: procurar consensos no parlamento, mesmo que eles sejam recusados; informar os portugueses do tamanho da factura que terão de pagar pelos desvarios da aliança entre o PS e o Chega; e, claro, preparar o partido para eleições a curto prazo.
A comparação entre nazis e israelitas só faria sentido, por mínimo que fosse, se os nazis tivessem respondido a um ataque brutal de uma organização terrorista judaica na década de 30, provocando milhares de mortes na retaliação. Como isso não aconteceu, invocar o Holocausto para a guerra em curso é uma confissão de anti-semitismo primário.
Nos debates, ganha quem o hooligan quer que ganhe – e isso é válido para o hooligan anónimo, que grita para o televisor “Dá-lhe, Pedro Nuno!”, como para o hooligan em estúdio, que apesar de usar fato e gravata também está de tronco ao léu, agarrado à vedação do estádio, a chamar nomes ao árbitro.
A afirmação de Bolieiro de que tenciona governar com maioria relativa deslocou o ónus da estabilidade para o Chega e para o PS. Será que estes dois, afinal, ainda vão descobrir que se amam apaixonadamente?
Verdade que, ao contrário de Le Pen, o Chega ainda não gosta do pessoal do arco-íris. Mas até isso será tratado em devido tempo. Posso arriscar um palpite? Será quando o partido, à imagem do modelo francês, também mudar de nome.
Cinco semanas antes do País votar para um novo Governo, os açorianos são chamados às urnas para as eleições regionais.
Imaginemos as mesmas gémeas como nossas filhas. Quem, de entre os justos, recusaria telefonar ao Presidente da República, caso tivesse o seu contacto, para conseguir o medicamento milionário?
Não deixem que a nossa sociedade fique associada ao apagamento do povo palestiniano. Dia 18 de Novembro, milhares de portugueses de todas as cores políticas vão juntar-se de forma pacífica para marchar da Praça do Município em Lisboa à nossa Assembleia da República.
Ahed Tamimi, apresentada entre nós como “ícone” da causa palestiniana, foi agora detida por Israel. Tudo porque terá lançado nas redes sociais uma exortação à matança de judeus na Margem Ocidental. “Vamos beber o vosso sangue e comer os vossos crânios”, exclamou Tamimi com aquele frémito belíssimo que é próprio da mocidade.
“Descolonizar”, neste contexto, significa extinguir o Estado de Israel. Como lembra Simon Sebag Montefiore, quem defende a solução dos dois estados não pode defender, logicamente, o Hamas, que só aceita um único estado: o seu.