O golpismo de secretaria
Quem rasga as vestes pelo perigo que o Chega possa representar para o regime não pode colocar-se na mesma posição e tentar, do outro lado, subverter o amado regime para travar o Chega.
Quem rasga as vestes pelo perigo que o Chega possa representar para o regime não pode colocar-se na mesma posição e tentar, do outro lado, subverter o amado regime para travar o Chega.
Questionado sobre o que fará num cenário em que o PS seja o partido mais votado, mas a direita tenha maioria, o líder do Chega considerou que "o e esclarecimento é evidente".
O frente-a-frente, que será transmitido em simultâneo pela RTP, SIC e TVI a partir da Nova SBE, em Carcavelos, estava previsto para segunda-feira, mas foi adiado devido ao corte generalizado no abastecimento elétrico que afetou, desde as 11:30, Portugal e Espanha.
Imagine um casal de ex-namorados que se reencontra — e volta a discutir. O debate desta quinta-feira entre Luís Montenegro e André Ventura foi pessoal, um verdadeiro revisionismo histórico de um antigo namoro.
O bloco vencedor nas eleições, composto pela União Democrata Cristã (CDU) e pela União Social Cristã (CSU), e o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), concordaram com um texto para orientar as ações do próximo executivo.
Os alemães vão às urnas dia 23 em clima de instabilidade: ataques nas ruas aumentam o discurso anti-imigração e dificultam acordos.
Trump parece a resposta cósmica a todas as preces da esquerda mais radical. Por cá, Ventura em São Bento e Gouveia e Melo a caminho de Belém talvez sejam a resposta à paralisia.
Segundo o líder parlamentar do Chega, o seu partido sempre este disponível para um acordo com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025: "Nós desde o dia 10 de março à noite que estamos disponíveis para fazer um acordo de governo com o PSD".
Tanto o PSD e PS procuram aliados após uma vitória sem maioria absoluta. JPP conseguiu nove deputados e é a terceira maior força política do arquipélago.
Social-democrata afirma-se disponível para governar com todos os partidos.
A Montenegro está reservado um papel mais modesto: procurar consensos no parlamento, mesmo que eles sejam recusados; informar os portugueses do tamanho da factura que terão de pagar pelos desvarios da aliança entre o PS e o Chega; e, claro, preparar o partido para eleições a curto prazo.
Golpe das “forças vivas”? Não há. Mas deputados da Madeira ameaçam revolta e Gomes da Silva fez um manifesto. Direção laranja mantém-se “inamovível”.
O líder do Chega passou a noite longe dos militantes e só desceu do quarto de hotel para ser recebido em apoteose. Passou a batata quente a Montenegro ao afirmar que "só um líder muito irresponsável ignoraria" maioria AD-Chega. E chorou com o hino.
O líder do Chega acusou ainda o presidente do PSD, Luís Montenegro, de ser "verdadeiramente irresponsável para com o País" por "não dizer o que é que fará se o Partido Socialista tiver mais votos".
É do Sporting, mudou de imagem a pedido da mulher e preferia jantar com Pedro Nuno do que com Ventura, mas não quer deixar o PS governar – mesmo que não haja maioria absoluta à direita sem o Chega.
Para Catarina Martins, "é preciso um ciclo novo" que não será trazido nem por uma maioria absoluta do PS nem "pela direita ou pela extrema-direita".