
Lula espera que “seja feita justiça” no julgamento de Bolsonaro
O presidente brasileiro ressalvou a necessidade de haver respeito pela “presunção de inocência” do ex-presidente.
O presidente brasileiro ressalvou a necessidade de haver respeito pela “presunção de inocência” do ex-presidente.
Antigo ministro do PSD foi ouvido no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) sobre a campanha da coligação "Portugal à Frente". Procuradores ainda estão no rasto de um "Príncipe" que recebeu mais de quatro milhões de euros da construtora brasileira Odebrecht.
É óbvio que um processo com estas características – transnacionalidade gigantesca do suposto corruptor ativo, ocultação do rasto do dinheiro e do beneficiário, offshores e investimentos em cascata – caminha para o arquivamento.
Os procuradores encarregues de investigar o alegado caso de corrupção por trás da construção da barragem conseguiram uma prorrogação de 120 dias.
Todos os anos, Lisboa acolhe um encontro de que nunca ouviu falar, mas que é uma autêntica parada de poderes promíscuos.
Para o líder brasileiro, Kaddafi é “irmão”, a Venezuela “uma democracia” e Zelensky “o rei da cocada”. Eis o historial de Lula da Silva com ditadores.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal no caso Lava Jato ameaça destruir o que resta da investigação às suspeitas de crimes na adjudicação e construção da Barragem do Baixo Sabor. Um juiz daquele tribunal brasileiro decidiu que são nulos os dados da empresa Odebrecht - documentos bancários, emails e testemunhos de delatores - que o Ministério Público está a usar para tentar descobrir quem é o “Príncipe”.
Walter Delgatti ainda pode recorrer da decisão. Juiz aponta que informações obtidas ilegalmente foram alvo de tentativa de venda por cerca de 45 mil euros.
António Saraiva indicou o ex-CEO do Novo Banco para a vice-presidência da Cruz Vermelha. Agostinho Pereira de Miranda, que foi presidente interino da instituição, não poupa nas críticas. Diz que é "um país do avesso".
A Odebrecht Portugal já está a pagar a prestações cerca de €5 milhões para não ser acusada de fraude fiscal e lavagem de dinheiro no caso Monte Branco. O Ministério Público aceitou que as transferências internacionais, se destinaram apenas a pagar por fora a funcionários da empresa. Mas parte desse dinheiro estava a ser usado no caso CMEC/EDP, para fundamentar pagamentos corruptos na adjudicação e construção da barragem do Baixo Sabor. Uma investigação que visa muitos milhões de euros enviados através de offshores e destinados também ao enigmático “Príncipe”.
Numa democracia pode-se aplaudir a visita de Lula a Portugal (e compará-lo com Bolsonaro, considerando este um troglodita), mas também se podem questionar as ligações do atual Presidente brasileiro aos esquemas de corrupção passiva.
Faz todo o sentido que o Presidente Lula da Silva seja convidado a discursar no Parlamento português, mas não faz sentido que seja na cerimónia do 25 de Abril.
Ex-governador do Banco de Portugal refere que o supervisor apenas tinha de verificar se os procedimentos de controlo do branqueamento no Banif eram corretos e eficazes. Banco vendido em 2015 está no centro de uma investigação judicial sobre a lavagem de 1,5 mil milhões de euros.
João Paulo Batalha reage à capa da SÁBADO desta semana sobre como o Banif foi usado como uma lavandaria de dinheiro vindo de Angola, Brasil e até Portugal.
A newsletter de quinta-feira
Durante 10 anos, incluindo no período da intervenção do Estado português, passaram por contas da instituição fundada por Horácio Roque muitos milhões usados para alegados pagamentos corruptos do caso Lava Jato. Em A teia do Banif, o jornalista e diretor-adjunto da SÁBADO António José Vilela conta a história dos planos secretos de um “banco maldito”