Seguimos o ritmo intenso de Fernando Alexandre para lidar com a crise da falta de professores e não só - de reuniões sobre diplomas futuros do megaministério a um almoço à mesa de trabalho, passando por um evento de diplomacia com a máquina da Educação. O ministro conta que foi buscar 300 professores destacados noutras funções, sinaliza mudanças na carreira docente - e nos telemóveis nas escolas.
"Temos de fazer tudo para isto estar fechado a tempo da reunião do Conselho de Ministros, os sindicatos deram sinal de concordarem em princípio", diz Fernando Alexandre. "Isto" é o diploma que definirá o suplemento de deslocação a atribuir aos professores que vão dar aulas em escolas com falta de docentes, a maior crise que a Educação tem para resolver. Na ampla sala de reuniões, além do ministro, estão os seus três secretários de Estado e uma adjunta, que vai atualizando no computador uma grelha de Excel chamada "diplomas". São oito da manhã. A grelha projetada na parede tem colunas com os ministérios envolvidos em cada lei calendarizada para os meses seguintes (o das Finanças, que autoriza despesa, surge em várias), o progresso do diploma ("este tinha aqui ‘estudar e começar negociação em janeiro’", diz a adjunta Sara), o tipo de diploma legal, a data para a aprovação e o grau de prioridade. É o corte e costura da governação, longe da arena pública.
Um dia com o ministro da Educação: os bastidores frenéticos no arranque das aulas
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