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Theotónio Pereira: O outro delfim exilado por Salazar

Sara Capelo
Sara Capelo 08 de novembro de 2020 às 12:26

Cresceu monárquico. O ditador viu nele um adversário e enviou-o para Espanha. Se não tivesse Parkinson, talvez o tivesse substituído, aventa uma biografia agora publicada. Nunca se saberá.

Salazar pegou com "muita força em ambas as mãos" de Virgínia Theotónio Pereira. O ditador estava ainda internado na Cruz Vermelha, depois do acidente que, em 1968, o arrancou da liderança do País. "Não havia esperança que o Pedro pudesse..."? A resposta não o sossegou: Pedro, o antigo diplomata em Washington, Londres, Rio de Janeiro e seu ministra da Presidência, estava cada vez mais debilitado pelo Parkinson. "Não pode contar com ele!"

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