Numa primeira declaração na comissão de Defesa Nacional, Júlio Pereira disse que tomou conhecimento do furto no dia 29 de Junho, através do Serviço de Informações de Segurança (SIS), e que este serviço soube do facto pela comunicação social no mesmo dia.
O secretário-geral do SIRP está a ser ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional, a requerimento do PSD, face à "persistência de um conjunto de dúvidas que merecem ser totalmente esclarecidas" sobre o furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos.
Júlio Pereira, que repetiu esta informação, em resposta a uma pergunta do PSD, considerou depois que ter uma informação de que houve um assalto "pouco ou nada significa" se não se souber o conteúdo do que foi roubado. Se o furto ocorreu de 28 para 29 de Junho, considerou, "não é excessivo" o tempo que levou até a informação sobre o furto ter sido divulgada.
Na terça-feira, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, admitiu ter sabido do furto de armas pelos jornais, mas garantiu que deu um "nível de preocupação grande". Durante a audição, Helena Fazenda desdramatizou esse facto, sublinhando que quer a Polícia Judiciária, quer a Polícia Judiciária Militar iniciaram rapidamente as investigações ao caso.
Helena Fazenda não respondeu diretamente ao deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro, que lhe perguntou se não seria exigível um secretário-geral de segurança interna saber mais cedo do sucedido. "Foi o tempo certo? Foi o tempo que tive", afirmou aos deputados da comissão, sem nunca dizer se considerava ou não o necessário para agir.