Antigo primeiro-ministro e arguido na Operação Marquês criticou António Costa por "desmerecer" a única maioria absoluta que o PS teve na história - a sua, nas legislativas de 2005. Mas nem isso o fará demover de votar ao lado "daqueles com quem sempre esteve".
O antigo primeiro-ministro José Sócrates criticou esta sexta-feira António Costa por "desmerecer" a única maioria absoluta que o PS teve na história - a sua, nas legislativas de 2005 -, mas afirma estar, à entrada para as eleições de 30 de janeiro, ao lado "daqueles com quem sempre esteve".
"Quem quer uma maioria absoluta talvez devesse começar por não desmerecer a única que o Partido Socialista teve na história", afirmou Sócrates, em entrevista àCNN, reconhecendo que "maiorias absolutas são muito difíceis" e que, ao pedi-la, António Costa "está no fundo a responder à questão da governabilidade". "Talvez fosse melhor começar por não, digamos, pôr em causa a história do PS, que teve um momento muito importante em 2005", afirma, dizendo que irá votar "como sempre votou" e que não está "magoado" com o PS.
José Sócrates na CNN
Apesar das críticas à direção do partido responsável pela sua saída dos socialistas, quando questionado sobre se Rui Rio daria um bom primeiro-ministro para o país, Sócrates foi esclarecedor: "Desculpe. Perdoe-me. Tenhadó."
Não respondendo à mesma pergunta sobre António Costa, o ex-primeiro ministro e arguido na Operação Marquês disse que irá votar na reeleição do atual chefe de Governo: "Vou votar para isso, gostaria que esses meus amigos tivessem sucesso."
Sócrates vai processar o juiz Carlos Alexandre
Esta sexta-feira foi ainda conhecido que a participação de José Sócrates contra o juiz do inquérito da Operação Marquês, Carlos Alexandre, por alegado abuso de poder e outros crimes, será distribuída na segunda-feira no Tribunal da Relação de Lisboa. À Lusa, fonte ligada ao processo adiantou que a defesa do antigo primeiro-ministro José Sócrates foi notificada de que o Tribunal da Relação de Lisboa fará a distribuição do caso na segunda-feira.
A notícia foi avançada pelo Expresso, indicando que, se o requerimento da defesa de Sócrates for aceite, Carlos Alexandre e a escrivã Teresa Santos terão que responder à queixa por alegados crimes de abuso de poder, falsificação de funcionário e denegação de justiça.
Na participação, e segundo o mesmo jornal, a defesa de Sócrates alega que Carlos Alexandre e a escrivã "combinaram entre si, planearam e vieram a conseguir" que o processo que levou à prisão preventiva do antigo chefe de governo socialista fosse entregue de "forma ilegal" ao juiz Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). Em causa está a alegada distribuição manual do inquérito "Operação Marquês" ao juiz Carlos Alexandre pela escrivã que já tinha trabalhado com o magistrado judicial em outros tribunais.
Rio daria um bom primeiro-ministro para o país? "Tenha dó", diz Sócrates
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