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Rio critica banqueiros "que ganhavam fortunas" com responsabilidades "de porteiro"

O presidente do PSD considerou "inadmissível" que tenha havido gestores da banca em Portugal e que depois não tinham responsabilidade nenhuma.

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou na quarta-feira à noite "inadmissível" que tenha havido gestores da banca em Portugal "que ganhavam fortunas" e depois assumiram responsabilidades "ao nível do porteiro".

Numa iniciativa da JSD numa discoteca junto ao rio em Lisboa, inserida na campanha para as europeias, Rio defendeu a importância da concretização de uma verdadeira reforma da União Económica e Monetária para que não se repitam no futuro situações como "as do BES, do Banif ou da Caixa Geral de Depósitos".

"É absolutamente inadmissível que haja pessoas à frente da banca, administradores da banca, que ganhavam fortunas em salários porque tinham cargos de enorme responsabilidade e, depois do que aconteceu, verificamos que a responsabilidade deles estava ao nível do porteiro que ganhava menos de mil euros por mês. A responsabilidade deles não era nenhuma", criticou, na passagem mais aplaudida pela plateia composta sobretudo por jovens.

O presidente do PSD defendeu que, se houver "escrutínio a sério do Banco Central Europeu", não será possível que "se nomeie o colega do partido para a administração de um banco para ir para lá arranjar um esquema para assaltar a assembleia geral de um outro banco".

Numa curta intervenção a encerrar um debate de cerca de 45 minutos, Rio voltou a apontar como uma das razões para votar no PSD a 26 de maio este ser "o partido mais moderado de Portugal", que nunca "se poderá aliar com partidos de extrema esquerda ou de extrema direita para formar Governo".

Rio elogiou ainda a qualidade da lista social-democrata, defendendo que, "se não tem super-homens e super-mulheres", tem uma composição heterogénea para abranger as várias políticas do Parlamento Europeu e não vai "vender banha da cobra".

"Eu pelo menos não vejo razão nenhuma para não se votar no PSD. Aliás, nem vejo razão para não termos os 100%", gracejou.

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