Sábado – Pense por si

Renováveis superam combustíveis fósseis pela primeira vez na Europa

Jornal de Negócios 22 de julho de 2020 às 18:56

Com o título de maior perdedor ficou, por oposição, o carvão, cuja energia afundou 32% no primeiro semestre.

O "mix" de energia europeu contou, pela primeira vez na história, com um maior peso das energias renováveis do que das fósseis. Uma fasquia cruzada no conjunto do primeiro semestre.  Cerca de 40% da eletricidade que foi consumida entre janeiro e junho foi proveniente de fontes renováveis, acima dos 34% correspondentes aos combustíveis fósseis, calcula o grupo ambientalista londrino Ember, citado pela Bloomberg. Desta forma, as emissões de dióxido de carbono desceram 23%."Isto marca um momento simbólico na transição do setor elétrico na Europa", afirma um analista da Ember. A procura por eletricidade decresceu 7% na Europa, tendo a produção de energia fóssil afundado 18%. Já a geração de renováveis subiu 11% no mesmo período.Apesar de a procura por eletricidade ter diminuído, a produção oriunda de instalações eólicas e solares aumentou, já que um maior número passou a estar ativo neste período e a tirar partido do clima. Paralelamente, a disponibilidade hídrica nos mercados nórdicos e ibéricos também deu um contributo relevante.Portugal tem maior quebra europeia no carvãoCom o título de maior perdedor ficou, por oposição, o carvão. A energia com origem nesta fonte poluente deslizou 32% no conjunto dos países europeus.De acordo com os dados da Ember, a quebra do consumo de energia com origem no petróleo foi de 95% em Portugal, "uma vez que viu períodos extensos completamente livres de carvão". Esta foi a maior quebra percentual na europa, com a Alemanha a conseguir o melhor resultado em termos absolutos. 

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres