O líder dos sociais-democratas defendeu que “o que se está a passar com o emprego e com o desemprego é positivo”, mas “não é mérito particular” do actual Governo do PS
O presidente do PSD disse esta sexta-feira que o "mérito" da descida do desemprego não é do actual Governo PS, mas sim uma tendência que se deve às reformas laborais feitas pelo executivo de maioria PSD/CDS-PP que liderou.
"A descida [do desemprego] é mérito da reforma que foi feita, ainda no meu tempo, e que foi aprovada, na altura, quer com as instituições europeias, quer com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e que tem vindo a provar os seus frutos", afirmou o líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja.
Questionado pelos jornalistas sobre a redução da taxa de desemprego para 9,9%, divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o presidente do PSD argumentou que "o que se está a passar com o emprego e com o desemprego é positivo", mas "não é mérito particular" do actual Governo do PS.
"É uma tendência que se vem observando no país praticamente desde 2013", afiançou Passos Coelho, que liderou o executivo de maioria PSD/CDS-PP entre 2011 e 2015.
Segundo o líder do PSD, esta "tendência para a descida do desemprego e para a criação do emprego tem sido paulatina".
"Todos os anos, ao longo de 2013, mas depois mais intensamente em 2014, também em 2015 e em 2016 seguiu a mesma tendência, conseguimos criar mais emprego e emprego com menos precariedade e reduzir mais significativamente o desemprego. E isso é bom", disse.
Lembrando que a taxa de desemprego no país, "no princípio de 2013, chegou quase aos 18%", Passos Coelho argumentou que o recuo verificado nos últimos anos "deve-se, em grande medida, às reformas estruturais que nós [Governo PSD/CDS-PP] fizemos no país, sobretudo ao nível do mercado laboral".
O que "tem permitido ao país não só aumentar o emprego, diminuir o desemprego, mas também, no emprego que é gerado, ter cada vez emprego menos precário", sublinhou.
"E isso é importante, quer dizer, no emprego que é criado, a grande maioria" é "emprego não precário e isso é muito positivo e deve-se indubitavelmente à reforma que fizemos das leis laborais", insistiu.
O que, para Passos Coelho, é a razão pela qual o Governo do PS, "ao contrário daquilo que é a pretensão do PCP, do BE e que tem sido muito reclamada, que é a reversão dessa reforma estrutural", não tenha "cedido à tentação de fazer a reversão dessa reforma estrutural no mercado do emprego".
Nas declarações aos jornalistas, o presidente do PSD reiterou que "não foi agora que o desemprego começou a baixar, nem que o emprego começou a ser criado" no país.
"Julgo que o mínimo de honestidade ao olhar para os dados concluirá que esta é uma tendência que já vem de trás e que, se tem fundamento importante em reformas que tenham sido feitas, foram as que foram feitas [pelo PSD/CDS-PP] na área do mercado laboral".
O Instituto Nacional de Estatística reviu esta sexta-feira em baixa de 0,1 pontos percentuais a taxa de desemprego de Fevereiro para 9,9%, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2009, estimando para Março uma nova descida para 9,8%.
Redução é “mérito” do anterior Governo, não do actual
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.