Sábado – Pense por si

Quando as crianças são material de propaganda

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 03 de junho de 2016 às 08:00

Para contestar as orientações do Governo sobre os contratos de associação, os colégios privados têm utilizado crianças, que aparecem em manifestações e enviam cartas ao PR. Até que ponto é saudável fazê-lo?

Nas últimas semanas, sobretudo nas redes sociais, o movimento defensor dos contratos de associação com escolas privadas tem sido fortemente crticado pela utilização de crianças como arma política. Desde a participação em manifestações ao envio de cartas ao Presidente da República, já houve um pouco de tudo. Houve até quem as comparasse aos "lusitos" da Mocidade Portuguesa. Mas nem o uso de crianças nem as críticas são novas. No início de 2011, face a protestos do mesmo género, Mário Nogueira, da Fenprof, disse: "Há coisas que têm os seus limites e utilizar crianças para conseguir os seus fins é um bocado ilegítimo."

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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.