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PSD diz que Governo vai ponderar atraso na terceira fase em Lisboa e Vale do Tejo

28 de maio de 2020 às 19:08
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Os focos nalguns bairros desfavorecidos levam o Governo a ponderar atrasar a terceira fase de desconfinamento na região de Lisboa e Vale do Tejo.

O Governo vai ponderar um atraso nas medidas previstas para a terceira fase de desconfinamento em Lisboa e Vale do Tejo, devido aos focos localizados em alguns bairros desfavorecidos da região.

A garantia foi deixada pelo Governo na reunião com epidemiologistas que decorreu na manhã desta quinta-feira, 28 de maio, na sede do Infarmed, e anunciada pelo deputado do PSD Ricardo Batista Leite.

O deputado social-democrata reiterou a preocupação fase aos novos casos na região, devido aos focos detetados nos concelhos da Amadora, Loures, Odivelas e Barreiro, situações que, disse, estão ser alvo de uma "vigilância epidemiológica muito forte".

"Neste momento a vigilância epidemiológica é de fundamental importância, assim como, eventualmente, nesta região ou em alguns concelhos, considerar-se um atrasar das medidas previstas para 1 de junho", afirmou Ricardo Batista Leite aos jornalistas.

O deputado do PSD acrescentou que "foi assumido pelo Governo que essa discussão será feita antes do Conselho de Ministros de amanhã". Recorde-se que o Governo reúne-se amanhã para debater a próxima fase de reabertura da economia. 

Questionado sobre que medidas podem ser atrasadas, Ricardo Batista Leite respondeu apenas que "o Governo disse que ia ponderar, mas não foi taxativo".

A próxima fase de desconfinamento acaba com a obrigatoriedade de teletrabalho e permite a abertura de lojas de cidadão, lojas inseridas em centros comerciais, de creches, pré-escolar, ATL, cinemas e teatros, e a retoma das competições oficiais da 1.ª Liga e da Taça de Portugal de futebol. 

Segundo os deputados que tiveram presentes na reunião, os especialistas deram uma visão sócioeconómico desta pandemia. "Está a ser a população mais pobre que está a ser particularmente afetada neste momento da epidemia", afirmou Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda.

"Esta população caracteriza-se por situações de habitação mais degradada, trabalho mais precário e por ter menos rendimentos", acrescentou, descrevendo situações de trabalhadores de empresas de trabalho temporário que estão partilhar habitações e meios de transporte.

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