O ministro da Economia manifestou-se desiludido com as críticas da oposição à descida da taxa de desemprego
O ministro da Economia, António Pires de Lima, considerou que a oposição, quando discorda da redução dos números do desemprego, está a dizer "que não acredita nos portugueses" e na capacidade do sector privado. "Não vale a pena olhar para estes dados com euforia, porque ela não é justificada, mas seguramente que termos uma taxa de desemprego de 11,9% é muito melhor do que aquilo que tínhamos há um ano, quase 14%", afirmou o governante, à margem de uma visita a empreendimentos turísticos em Lisboa.
O ministro acrescentou que a descida da taxa de desemprego para 11,9% no segundo trimestre é "muito melhor" do que os números no primeiro trimestre de há dois anos, "quando a taxa de desemprego chegou a atingir 18% em Portugal".
"A economia portuguesa gerou 230.000 postos de trabalho líquidos ao longo dos últimos 30 meses", apontou Pires de Lima, defendendo que o mérito "é das empresas, é do sector privado, o Estado faz aquilo que pode para facilitar a vida às empresas".
O governante assegurou nunca ter colocado o mérito da criação de emprego "nos políticos e muito menos no Ministério da Economia", e classificou a descida do desemprego como "sinal de confiança e de esperança para todos aqueles que continuam a procurar uma oportunidade para trabalhar" no país.
António Pires de Lima salientou que olha "com alguma tristeza para as reacções da oposição política, como estando, parece às vezes, muito incomodada e preocupada com a evolução dos bons indicadores económicos em Portugal".
As críticas da oposição, contrapôs, servem para "desqualificar" a capacidade das empresas privadas para investir e criar emprego, acusou. "A oposição o que está a fazer, realmente, é a dizer todos os dias que não acredita nos portugueses, que não acredita em Portugal, que não acredita na capacidade do sector privado, porque é fundamentalmente ao mérito do sector privado que se deve esta recuperação que estamos a conhecer", vincou.
Confrontado sobre os desempregados que deixaram de fazer parte das estatísticas, o ministro da Economia respondeu que "os números sempre foram contabilizados da mesma maneira, agora e em 2011, quando o Governo era de outra cor".
"Lembro que o desemprego saltou de 7% para 12,7%, entre 2006 e 2011?, atirou Pires de Lima, argumentando que, na sequência do ajustamento financeiro do país, "os portugueses deram uma resposta admirável".
A taxa de desemprego fixou-se nos 11,9% de Abril a Junho, menos 1,8 pontos percentuais do que no trimestre anterior e 2,0 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo de 2014, segundo estimativas hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Pires de Lima diz que a oposição não acredita nos portugueses
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.