Sábado – Pense por si

"O filho do fundador morreu num rebentamento em 2002"

Raquel Lito
Raquel Lito 06 de abril de 2017 às 11:00

Quinze anos antes da tragédia da semana, a fábrica de pirotecnia já tinha feito uma vítima mortal. O presidente da Junta de Avões conta tudo à SÁBADO

Os rebentamentos da fábrica de pirotecnia de Avões são uma tragédia em vários actos. O primeiro é remoto: aconteceu há 15 anos e levou à interrupção do negócio familiar, fundado na década de 80 por um pirotécnico vindo de Lamego, conhecido pelo primeiro nome entre os locais. Chamava-se Jaime. O sucessor, à época com cerca de 30 anos, fazia um pouco de tudo na empresa de explosivos da freguesia de Lamego. Naquele final de tarde, dedicava-se à limpeza da oficina destinada à coloração dos foguetes quando se deu o acidente. "O filho do dono da fábrica morreu num rebentamento, aqui, em 2002", recorda àSÁBADOo presidente da junta de freguesia, Macário Rebelo.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Ajuizando

Naufrágio da civilização

"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".