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O denunciante que enganou a polícia, o procurador e o juiz

António José Vilela
António José Vilela 19 de setembro de 2017 às 07:03

Um diplomata amigo do primeiro-ministro foi escutado ao telefone, viram-lhe as contas bancárias e as da família, esteve prestes a ser buscado e teve o nome num mandado de detenção

Durante largos meses, foi o suspeito número 1 num alegado caso de corrupção relacionado com vistos de residência passados em Cabo Verde e com destino a Portugal. O embaixador Bernardo Lucena foi alvo de intercepções telefónicas, todas as contas bancárias foram vistas à lupa, o Ministério Público (MP) propôs a detenção do diplomata e o juiz de instrução Carlos Alexandre aceitou. A prisão só não ocorreu porque se percebeu que, afinal, podia existir um engano. E foi isso mesmo que sucedeu: as declarações do denunciante não eram verdadeiras.

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