Bruno Fialho, responsável por mediar negociações com Antram e Governo, recusou a ideia de que irá substituir Pardal Henriques como porta-voz do sindicato.
O mediador do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Bruno Fialho, disse esta quarta-feira que as partes do conflito laboral "cada vez se estão a aproximar mais" e garantiu que não vai substituir Pardal Henriques como porta-voz.
"Considero que ainda é possível encontrarmos uma solução para este diferendo. As partes cada vez se estão a aproximar mais e a minha presença é nesse sentido", disse aos jornalistas à margem de uma reunião do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, do qual é vice-presidente, com o Governo.
"Não vou assumir esse papel [de porta-voz], fui só contactado para tentar mediar uma situação", garantiu, falando à porta do Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, local da reunião, clarificando que não é "representante do sindicato dos motoristas".
Questionado sobre se depois das declarações de terça-feira à noite de Pedro Pardal Henriques (ex-porta-voz do SNMMP), André Matias de Almeida (representante da Antram - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, a ideia de concórdia faria sentido, Bruno Fialho afirmou apenas que "foram reações".
"As reações humanas a uma situação são sempre diferentes daquilo que depois, com calma, conseguimos fazer. Portanto, considero que hoje, outro dia, com calma, e amanhã, depois de amanhã, para a semana que vem, vamos conseguir, com certeza absoluta, encontrar uma plataforma de entendimento", referiu aos jornalistas.
Pardal Henriques anunciou hoje que aceitou o convite para encabeçar a lista do PDR pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas de outubro, deixando de ser porta-voz do SNMMP para "não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral".
Depois de o líder do PDR, Marinho e Pinto, ter feito o anúncio no Porto, Pardal Henriques confirmou, em comunicado, que aceitou o convite para integrar as listas do PDR, assegurando que não abandonará as causas que representa.
"Face ao exposto, e para que pelo menos a minha agenda fique esclarecida (faltando esclarecer a do porta-voz da Antram e das suas nomeações pelo PS), venho por este comunicar que a partir deste momento não serei mais o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, por forma a não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral", refere o mesmo texto.
Os motoristas de matérias perigosas vão voltar à greve entre os dias 07 e 22 de setembro, mas desta vez só aos fins de semana e trabalho extraordinário, anunciou hoje o sindicato.
De acordo o presidente do SNMMP, Francisco São Bento, já foi entregue o pré-aviso de greve.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no domingo, ao fim de sete dias de protesto, depois de o SNMMP, que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias desvinculou-se da greve ao quarto dia, na quinta-feira à noite, e vai regressar às negociações com o patronato em 12 de setembro.
Mediador do SNMMP: "As partes cada vez se estão a aproximar mais"
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
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