"Tenho uma visão positiva, muito positiva dos portugueses, tenho uma visão muito positiva de Portugal", disse o Presidente da República perante os funcionários do Palácio de Belém
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assume ter uma "visão muito positiva" do trabalho que pode ser feito nos próximos cinco anos, alertando os funcionários de Belém para o aumento do controlo público que se tem registado nos últimos tempos. "Eu sou um optimista - já deu para ver pelo dia de posse - um optimista realista com os pés assentes no chão, mas optimista. Tenho uma visão positiva, muito positiva dos portugueses, tenho uma visão muito positiva de Portugal, tenho uma visão muito positiva do que podemos fazer nos próximos cinco anos, em conjunto, vamos trabalhar em conjunto durante estes cinco anos", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, perante os funcionários da secretaria-geral da Presidência da República.
Sublinhando que "a vida política" muda e que quem trabalha para a causa pública acompanha essa mudança, Marcelo Rebelo de Sousa, notou que hoje em dia existe uma maior responsabilidade da intervenção política e pública e um maior controlo público: "tudo o que fizermos, tudo o que fizerem está sujeito a controlo público, tudo, o que se gasta, o que se faz, o que não se faz, como é que se faz, tudo com um rigor crescente", disse.
"Tudo acontece rapidamente, hoje a responsabilidade da intervenção política e pública é maior e aquilo que se exige em termos de resposta é exigida em tempo real, a uma velocidade muito superior", frisou, admitindo que as experiências políticas que teve nos anos 70, 80 e 90 "não têm comparação com aquilo que se exige hoje" e que "a multiplicação de solicitações" e a necessidade de responder rapidamente é uma das características na actualidade.
Além disso, continuou, faz parte do "jogo democrático" o controlo público e servir a causa pública é hoje mais difícil.
"Essa é uma matéria para a qual é necessária a vossa sensibilidade, terem a noção da posição que ocupam e que tudo o que se fizer na Presidência da República acaba por ser responsabilidade do Presidente da República, por muito que ele diga que não soube, que não sabe, que é uma matéria burocrática, que é uma matéria financeira, que é uma matéria administrativa, ninguém perceberá isso de fora", referiu, aludindo ao Palácio de Belém como "uma espécie de ministério do Presidente da República".
"Vista a realidade assim, compreenderão que sendo um privilégio trabalhar na Presidência da República é uma imensa responsabilidade", vincou Marcelo Rebelo de Sousa que pediu aos funcionários do Palácio de Belém para acompanharem o que o chefe de Estado faz mesmo quando não está fisicamente presente, prometendo acompanhar igualmente o trabalho de todos, porque "é isso que cria um laço de lealdade, de responsabilidade recíproca, de colaboração e de solidariedade".
Num tom informal, Marcelo explicou ainda porque decidiu alterar a data do encontro com os funcionários da secretaria-geral da Presidência da República, que tradicionalmente acontece no dia da tomada de posse do novo chefe de Estado, prometendo percorrer hoje todos os locais de trabalho, nomeadamente o da funcionária mais antiga, que está em Belém há 48 anos.
"Entendi que devia alterar também aqui um pouco o que era o convencionado e temos hoje mais tempo para estarmos juntos (...), hoje vou cumprimentá-los nos locais de trabalho", disse Marcelo Rebelo de Sousa, que teve a "boa surpresa" de ser surpreendido à entrada da Sala das Bicas pelo coro da secretaria-geral da Presidência, que cantou o hino nacional.
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