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Marcelo aterra ou não no Corvo para o fim de ano?

30 de dezembro de 2019 às 18:26
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Mau tempo pode fazer das suas. "As pessoas estão a contar com ele. Ele fez questão de manter a sua vinda", recorda autarca socialista.

Cerca de 450 habitantes, seis quilómetros de comprimento e quatro de largura: O Corvo, a mais pequena ilha açoriana, prepara-se para receber o Presidente da República na passagem de ano, mas o mau tempo pode fazer das suas.

Quem hoje circular pela Vila do Corvo, a única da ilha e a mais pequena dos Açores, pode ter dificuldade em acreditar nas previsões meteorológicas para terça-feira: à tarde soalheira de hoje deve suceder-se um agravamento do estado do tempo, nomeadamente ao nível do vento, o que pode impedir o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, de aterrar a tempo de passar o ano na ilha.

O socialista José Manuel Silva, presidente da autarquia de Vila do Corvo, é o primeiro a admitir que "sem dúvida" que seria uma desilusão se Marcelo não aterrasse no Corvo, depois da "euforia e da preparação" dos locais. "As pessoas estão a contar com ele. Ele fez questão de manter a sua vinda. Se não se concretizar será uma desilusão, mas deixo o repto: se não for desta vez, que seja noutra altura qualquer", declarou o autarca, falando à agência Lusa e à TVI.

O 'feeling' de José Manuel Silva, face aos esperados 90 quilómetros por hora de ventos cruzados, é que será "complicado" aterrar na ilha na terça-feira, mas "é preciso ter fé" e "esperar".

Sem antecipar a ementa do jantar de ano novo, que deverá juntar mais de 200 pessoas no pavilhão da escola local, o autarca lá adiantou que será servido um "prato típico" do Corvo, e haverá também garrafas do primeiro espumante feito pela Adega Cooperativa do Pico.

A agência Lusa aproveitou ainda para falar com alguns turistas que se encontram na ilha: um casal de japoneses e um grupo de amigos espanhóis, por exemplo, foram esta tarde conhecer o caldeirão, o pedaço de natureza mais emblemático do Corvo e um dos mais singulares dos Açores. O casal nipónico, "trabalhadores de escritório em Tóquio", esteve em Portugal continental antes de voar para São Miguel, Faial e Corvo. "Ficamos aqui até ao ano novo, depois voltamos a Portugal continental. E depois vamos para o Japão", disseram, desconhecendo por completo que o Presidente da República portuguesa escolheu o mesmo local para assinalar a passagem para 2020.

No porto, um pai e um filho pescavam, no restaurante da ilha - precisamente chamado "O Caldeirão" - eram várias os agentes da autoridade a almoçar hoje, destacados para a passagem de Marcelo Rebelo de Sousa, e no pavilhão desportivo, onde se dará o jantar de terça-feira, eram já algumas as movimentações esta tarde no que ao preparar de mesas e afins dizia respeito.

Marcelo Rebelo de Sousa faz, na quarta-feira, a sua quarta mensagem de Ano Novo como Presidente da República, depois dos elogios e avisos de 2017, ter pedido prudência em 2018 e "bom senso" em 2019.

Este ano, e pela primeira vez, a mensagem de Ano Novo do Presidente da República é transmitida a partir do Corvo, nos Açores, onde Marcelo faz a sua passagem de ano, com os habitantes da ilha açoriana, a 1.890 quilómetros de Lisboa.

Eleito em 24 de janeiro de 2016, tomou posse em 09 de março e fez a sua primeira mensagem aos portugueses, através da televisão, em 01 de janeiro de 2017. Todas as mensagens são muito curtas, com cerca de oito minutos.

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