A estratégia municipal junta "todos os planos" da autarquia, nomeadamente em questões como a poupança e o aproveitamento da água
A Câmara de Lisboa aprecia na quarta-feira, em reunião pública, a criação de uma estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas, documento que visa preparar a cidade "para o que aí vem", segundo o vereador da Estrutura Verde.
"Temos de adaptar a cidade para o que já existe e para o que aí vem. O excesso de ondas de calor e de chuvas são coisas que já estão aí e a estratégia da Câmara é continuar o que tem vindo a ser feito" para minimizar estes fenómenos, afirmou José Sá Fernandes em declarações à agência Lusa.
De acordo com o autarca, a estratégia municipal junta "todos os planos" da autarquia, nomeadamente em questões como a poupança e o aproveitamento da água.
"Muito importante aqui é também o nosso plano de drenagem, de combate às cheias", por prever o encaminhamento da água da chuva para o rio, evitando que se infiltre no solo", referiu Sá Fernandes.
Isso será possível através da construção de dois túneis entre Santa Apolónia e Monsanto e entre Chelas e o Beato.
Segundo Sá Fernandes, os projectos dos túneis "estão praticamente prontos" e devem estar concluídos no início de 2017.
O objectivo é que, durante o próximo ano, seja lançado um concurso público de 17 milhões de euros para iniciar a construção destas infraestruturas.
Também para evitar inundações, serão criadas bacias de retenção para "a concentração de água" em locais como o Vale da Ameixoeira (freguesia de Santa Clara) e o Rio Seco (Ajuda), acrescentou o autarca, estimando que estas empreitadas, que estão em concurso, arranquem "no princípio do ano que vem".
Além desta área, o município tem tentado minimizar "os picos de calor" com "mais espaços verdes e mais árvores", indicou o vereador da Estrutura Verde.
Acresce a aposta em fontes renováveis, assinalou o também responsável pelo pelouro da Energia.
O responsável adiantou que a elaboração desta estratégia decorre da participação no projecto ClimAdaPT.local e está relacionada com a futura Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas, que envolverá 26 autarquias e o Governo.
Na proposta que será debatida na quarta-feira, e à qual a Lusa teve acesso, José Sá Fernandes recorda que, com a aprovação do novo Plano Diretor Municipal, em 2012, a cidade "ficou apetrechada com um instrumento de política urbanística que contém uma visão holística de desenvolvimento territorial".
Apesar disso, "hoje é reconhecida a inevitabilidade das consequências das alterações climáticas tornando, por isso, central a adopção de medidas de adaptação, que tornem resiliente e sustentável o desenvolvimento dos nossos territórios, enquanto palco e suporte do desenvolvimento social e económico", referiu autarca.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.