Sábado – Pense por si

João de Sousa: Um PJ ao serviço do crime

António José Vilela , Nuno Tiago Pinto 14 de agosto de 2015 às 16:39

No despacho em que envia o inspector para julgamento, o juiz Carlos Alexandre classifica-o de empregado da organização

João de Sousa estava num almoço com colegas da Polícia Judiciária (PJ) quando o telemóvel tocou. Levantou-se para atender. Paulo Martinho, empresário e presidente da Associação de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul, queria atribuir-lhe mais uma tarefa: dar-lhe, para verificação, a matrícula de um veículo. O inspector anotou-a e informou-o de que só o poderia fazer mais tarde. Tinha acabado de perceber algo importante: o mesmo Paulo Martinho estava a ser investigado pela PJ de Setúbal. Ou seja, ele próprio poderia ser alvo de um inquérito.

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.