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Joana Bordalo e Sá, a irredutível

Rita Rato Nunes
Rita Rato Nunes 02 de outubro de 2024 às 23:00

Oncologista do Porto agita as águas na saúde. É sindicalista desde o primeiro dia, apoiou a candidatura de João Ferreira (PCP) e levanta a voz nas reuniões. Quem é a líder da FNAM?

O Ministério da Saúde chamou os médicos para negociações, mas já trazia um caderno de encargos estudado. Com as grelhas salariais de fora até à data do debate do Orçamento do Estado para 2025, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) – o maior representante do setor – demarcou-se, e, ao contrário do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), não aceitou sequer assinar o protocolo negocial com o ministério de Ana Paula Martins. A última reunião entre a FNAM e o Governo durou mais de seis horas, marcadas por tensão. A presidente, Joana Bordalo e Sá, foi irredutível, levantou a voz e, como contava com a indisponibilidade do Executivo para acelerar uma revisão salarial, trazia já em mente a solução mais drástica: a greve; a segunda paralisação nacional este ano, convocada pela FNAM e sem o apoio do SIM – ao contrário do que foi habitual durante décadas. Depois do novo registo sindical introduzido na Educação, pelo STOP. (mais mediático, mais vocal), a onda chegou aos médicos. E a protagonista chama-se Joana Bordalo e Sá.

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