
Bebé nasce em ambulância e morre após chegar ao Hospital de Leiria
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) disse na quinta-feira que só em metade deste ano já nasceram 36 bebés em ambulâncias, considerando que tal "não é normal".
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) disse na quinta-feira que só em metade deste ano já nasceram 36 bebés em ambulâncias, considerando que tal "não é normal".
Sindicato diz que os médicos terão sido pressionados a trabalharem fora de horas e que podem estar em risco 50 mil utentes. À SÁBADO, a gestão das Unidades de Saúde Familiar garante que "não está, nem nunca esteve em causa, a perda de cuidados de nenhum utente".
O Amadora Sintra informou que a atividade nas urgências está a ser restabelecida, após a interrupção temporária verificada nos últimos dias, motivada por uma falha informática.
Fnam sublinha que cada vaga corresponde a cerca de 1.600 utentes e que existem mais de 1,6 milhões de pessoas continuam sem médico de família.
Para Joana Bordalo e Sá, "o Ministério da Saúde de Ana Paula Martins deixa a Saúde muito pior do que a encontrou há um ano e foi uma teimosia, foi uma intransigência, uma recusa permanente em querer negociar".
O portal do SNS indica ainda que, nestes três dias, estarão abertas cerca de 130 urgências das várias especialidades em todo o país.
Dos 60 mil médicos do país, "só 31 mil é que estão no SNS e, destes, 10 mil são médicos internos, em formação", adianta a FNAM.
A dirigente da Federação Nacional dos Médicos acusa a ministra da Saúde de não ter negociado com a estrutura a revisão da carreira dos médicos. Ministério assinou acordo com outro sindicato, o SIM (Sindicato Independente dos Médicos).
A newsletter de segunda-feira
Preço do parquímetro do Hospital de Braga irá aumentar, o que significa que a partir de agora os profissionais de saúde terão de pagar quase um "salário mínimo" por ano. FNAM garante que caso o problema não se resolva, irá haver uma "greve local".
O diretor do Serviço de Urgência já se tinha demitido em 2022, mas foi convencido a voltar. "Como é que se dirige um serviço que não tem gente?", questiona FNAM. Administração acabou por também abandonar funções.
Diretor executivo do SNS demitiu-se, na passada sexta-feira, por ter alegadamente acumulado funções incompatíveis com o cargo de diretor regional do INEM. Federação Nacional dos Médicos culpa a ministra da Saúde pela falta de profissionais de saúde.
A presidente da FNAM diz que quem integra aquele cargo tem de ter competência técnica e um currículo "que seja exímio" e que não seja dado a "conflitos de interesse".
Federação Nacional dos Médicos quer respostas do Governo até ao final do ano. Também será prolongada a greve ao trabalho extraordinário nos centros de saúde.
Poucos professores aposentados a regressarem ao ativo e a baixa adesão à especialidade de Medicina Geral e Familiar, mostram que as medidas apresentadas não estão a surtir o efeito desejado. Sindicatos defende outras soluções.
"Exigimos uma negociação séria e competente, na defesa da saúde da população, que não pode continuar refém de um Ministério descredibilizado perante os médicos e os utentes", refere a FNAM.