A Direção-Geral da Saúde divulgou o parecer elaborado pela Comissão Técnica de Vacinação sobre a vacinação de crianças entre os 5 e 11 anos.
No documentoque foi divulgado no site da Direção-Geral da Saúdepode ler-se que a avaliação de risco feita para a vacinação de crianças entre os 5 e 11 anos "considerou apenas os benefícios físicos diretos" para recomendar a vacinação contra a covid-19.
Portugal Covid-19 vacinaçãoReuters
Lembram que a pandemia "prejudicou as crianças, a sua educação, desenvolvimento cognitivo e emocional, saúde mental, bem-estar e vida social, especialmente as mais desfavorecidas e com perturbações mentais e/ou do desenvolvimento" e que a vacinação pode evitar que se repitam estas situações. No documento pode ler-se que a Comissão Técnica de Vacinação pediu a um grupo de especialistas em pediatria e saúde infantil que concluiu que "deve ser dada prioridade à vacinação dos adultos e dos grupos de risco, incluindo as crianças dos 5 aos 11 anos", mas que seria prudente "aguardar por mais evidência científica antes de ser tomada uma decisão final de vacinação universal deste grupo etário".
Por sua vez, a comissão técnica de vacinação refere que a situação epidemiológica do país justifica a "vacinação de crianças com 5 e 11 anos". Pelas contas desta comissão, em quatro meses, estima-se que serão evitadas cerca de 51 hospitalizações de crianças (entre 9 e 147) e 5 (1 a 6) internamentos em UCI. O parecer refere que a manter-se a taxa de ocorrência de mio/pericardites pós vacinação que ocorreu na faixa etária entre os 12 e os 15 anos (1,3 a cada 100 mil doses), se esperam sete mio/pericardites derivadas da vacinação.
O parecer refere que atualmente "as crianças entre os 0 e os 9 anos constituem a faixa etária com maior incidência de infeção por SARS-CoV-2" e que apesar da doença ser ligeira em maioria das crianças, havendo de facto formas de covid-19 graves que se desenvolvem em crianças, mas que são extremamente raras.
Na conclusão do parecer, pesando a redução significativa de a criança ser infetada pelo SARS-CoV-2, a menor probabilidade de risco de internamento hospitalar, a não ocorrência de casos de mio/pericardite durante o estudo com duas mil crianças e a redução da probabilidade de transmitir o vírus a terceiros, estes argumentos indicam que a vacinação é benéfica, já que os efeitos secundários associados são os de vermelhidão, cansaço e dor de cabeça. "A análise comparativa dos aludidos riscos/benefícios leva-nos a concluir que, se atendermos aos dados científicos neste momento disponíveis é benéfico, no plano sanitário, para a criança incluída no grupo etário dos 5 aos 11 anos, ser vacinada contra a covid-19", escreve a redatora do documento, Helena Pereira de Melo.
As crianças serão vacinadas com a vacina Comirnaty que tem uma eficácia de 90,7%, de acordo com os estudos.
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