No último ano, os arguidos dizem que pouco ou nada souberam sobre o processo que em novembro de 2023 foi o princípio do fim da maioria absoluta do PS. O centro de dados Start Campus, em Sines, é um sucesso que voltou a atrair os políticos. Já Afonso Salema, o seu fundador, relança-se lá fora e sente o peso reputacional cá dentro. Todos seguem com a sua vida, enquanto aguardam pela Justiça.
Depois de ter estado no epicentro do processo judicial que
conduziu à queda do Governo de maioria
absoluta do PS - fará no dia 7 dois anos - o centro de dados Start Campus voltou
nos últimos meses a cair nas graças da política. Em meados do mês passado, no
anúncio da parceria entre a Start Campus e a plataforma de inteligência
artificial Nscale, o ministro Miguel Pinto Luz elogiou o “projeto de impacto
estratégico, que exemplifica o caminho a percorrer em matérias de políticas
públicas em torno de infraestruturas críticas”. Em abril, dois ministros do
Governo anterior, Pinto Luz e Pedro Reis, juntaram-se ao embaixador do Estados
Unidos na inauguração do primeiro edifício do centro de dados - a Start Campus,
entretanto, continua como arguida no
processo conhecido como Operação Influencer.
"Influencer" dois anos depois: processo em banho maria, arguidos esperam (e seguem com a vida)
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.