Depois de ter sido testada, na sexta-feira, a modalidade de contexto de sala de operações, o exercício, denominado "Montemuro 18", está sábado no terreno com os meios operacionais que integram o sistema nacional de operações de protecção e socorro, nomeadamente corpos dos bombeiros, GNR, Força Especial de Bombeiros, GNR, INEM, Forças Armadas, sapadores florestais e Instituto das Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
No âmbito dos Programas "Aldeia Segura" e "Pessoas Seguras", destinados a criar estratégias de protecção dos aglomerados populacionais e incentivar a participação das populações, será hoje simulado um cenário de evacuação da Aldeia de Aziboso, no concelho de Cinfães.
Segundo a ANPC, a iniciativa visa testar o nível de resposta do sistema nacional de protecção civil numa situação excepcional decorrente de um incêndio florestal, exercitando "a capacidade de comando, controlo e comunicações dos vários escalões decisórios intervenientes na gestão das operações de protecção e socorro".
O comandante operacional nacional da Protecção Civil, Duarte da Costa, explicou, numa conferência de imprensa realizada esta semana, que vão ser testadas as valências do combate a incêndio, salvamento, evacuação em aglomerados populacionais, respostas a acidentes com várias vítimas, apoio militar e de emergência das Forças Armadas, sistema de comunicações, novo sistema de operações e avisos às populações.
A ANPC vai também ensaiar o sistema de aviso, através de SMS, às populações dos distritos de Aveiro e Viseu, que vão ser informadas da situação de risco extremo de incêndio rural devido à declaração do estado de alerta especial do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS) para o nível vermelho.
A Protecção Civil vai ainda testar "cenários de falha de comunicações, de falha de energia eléctrica e de congestionamento da rede SIRESP, tendentes a permitir aferir da eficácia dos sistemas redundantes implementados, designadamente através da activação de geradores e da estação móvel de comunicações".
"O exercício é complexo, de larga escala e serve para testar as nossas principais capacidades", disse o comandante nacional da ANPC, adiantando que só treinando é que se tem consciência daquilo que se é capaz de fazer.
Duarte da Costa adiantou que o exercício envolve meios de várias regiões do país, apesar de se realizar nos distritos de Viseu e Aveiro.