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"Há pessoas em situações muito críticas" na tauromaquia

02 de junho de 2020 às 13:02
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Cerca de uma centena de artistas de tauromaquia concentraram-se na segunda-feira ao final do dia frente ao Campo Pequeno. Querem o regresso das touradas.

Cerca de uma centena de artistas de tauromaquia concentraram-se na segunda-feira ao final do dia frente ao Campo Pequeno, numa manifestação contra a não reabertura dos espetáculos tauromáquicos, que decorreu "ordeiramente" e dispersou pelas 21:00, disse fonte policial.

De acordo com o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), cerca de cem manifestantes juntaram-se pelas 18:00 junto ao Campo Pequeno, em Lisboa, num protesto "pacífico", e ali permaneceram durante três horas, altura em que começaram a dispersar também de forma ordeira.

No local estiveram vários meios policiais que separaram os manifestantes em grupos de dez pessoas, para que se manifestassem mantendo uma separação e distância de segurança, acrescentou a mesma fonte.

Esta concentração visou protestar pelo facto de terem sido reabertas todas as atividades e espetáculos culturais com a exceção da tauromaquia.

O secretário-geral da ProToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia, Hélder Milheiro, alertou para os impactos que a pandemia de covid-19 está a causar no setor, com o cancelamento de cerca de 70 espetáculos, num prejuízo de quase cinco milhões de euros.

De acordo com o dirigente, por inevitabilidade da pandemia da covid-19, o setor está a sofrer um impacto interno económico e financeiro "muito drástico" de há dois meses para cá, porque "há pessoas em situações muito críticas", pelo facto de a atividade estar parada.

"A sazonalidade da tauromaquia - entre março e outubro - faz com que, se estes artistas não têm receitas nestes meses, ficarão completamente sem receitas até ao ano que vem. Não trabalhando nestes meses, é uma perda irrecuperável", observou, acrescentando que as ajudas definidas pelo Estado não se aplicam à tauromaquia.

Segundo Hélder Milheiro, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, mentiu ao parlamento quando disse que as atividades tauromáquicas teriam início em 01 de junho.

"Disse que não havia nenhuma diferença na reabertura do setor da cultura, incluindo a tauromaquia. Mas, ao contrário do que disse, mentiu aos deputados, mentiu ao parlamento e, quando saiu a resolução do Conselho de Ministros nesta sexta-feira, veio com toda a área da cultura aberta, com exceção da tauromaquia", acusou.

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