Para a responsável, que falava em Lisboa à margem das jornadasA Evolução do Mercado de Trabalho, há "necessidade de mão-de-obra no sector", mas, e "apesar de ainda existir muita gente a receber subsídio de desemprego", o que não existe "são pessoas vocacionadas para a área".
"Fizemos um inquérito que não está totalmente fechado, mas os dados apontam para uma necessidade à volta dos 40 mil postos de trabalho. Ao nível das categorias profissionais mais necessitadas, o serviço de mesa e o empregado de balcão são, tradicionalmente, profissões menos valorizadas. Por exemplo, chefe de cozinha é uma profissão atractiva, mas não conseguimos fazer o mesmo em todas as profissões do sector", acrescentou.
Por sua vez, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, considerou que a falta de funcionários no sector da hotelaria é reflexo da diminuição da taxa de desemprego.
"A taxa de desemprego diminui e é normal que a mão-de-obra disponível para trabalhar seja também menos. Estamos a caminhar para uma situação em que o emprego cresce e poderá haver necessidades de mão-de-obra que se tornam mais intensas", sublinhou.
Miguel Cabrita adiantou que "o sector da restauração tem uma cobertura de território de enorme proximidade, que percorre todos os níveis de qualificação, de acordo com o perfil de tarefas que desempenham, e tem conseguido absorver muitas pessoas".
Para dar resposta às necessidades do sector, foi aprovado, durante as jornadas da AHRESP, um conjunto de medidas, onde se inclui a elaboração do "Livro Verde do Mercado do Trabalho HORECA", para se identificar as carências do mercado; o desenvolvimento e implementação de um programa de formação de início de carreira e a consagração de um regime jurídico-legal específico para os sectores do alojamento e da restauração e bebidas.