Presidente da Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra contesta as informações da Autoridade Marítima Nacional.
O presidente da instituição que gere o centro de acolhimento onde residia o adolescente de 14 anos que morreu na segunda-feira no mar da praia da Tocha argumenta que o grupo de jovens estava em zona vigiada do areal.
Em declarações à agência Lusa, Henrique Mendes dos Santos, presidente da Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra, responsável pelo Centro de Acolhimento do Loreto, contestou as informações da Autoridade Marítima Nacional (AMN) de que o jovem de 14 anos morreu, ao início da tarde de segunda-feira, numa praia não vigiada a sul da praia da Tocha.
"Estranho muito que a Autoridade Marítima tenha dado essa informação porque daquilo que sei e vi no local, o grupo estava no meio da praia, em zona vigiada, ao pé da biblioteca e posto de emergência. Há correntes [marítimas] e o rapaz [que morreu, depois de ter estado desaparecido 30 minutos] pode ter sido arrastado e foi encontrado em zona não vigiada", frisou Henrique Mendes dos Santos.
O responsável da instituição de solidariedade social que gere o equipamento propriedade do Instituto de Segurança Social, relatou à Lusa as informações de que dispõe sobre as circunstâncias do acidente, alegando que três jovens adolescentes - que integravam um grupo de sete que foi à praia da Tocha na segunda-feira - estavam na água, "foram embrulhados por uma onda e arrastados pela corrente" e que um dos três amigos "conseguiu sair e deu o alarme".
Henrique Mendes dos Santos contou ainda que o primeiro rapaz a ser resgatado da água, por surfistas que ali se encontravam, "acabou por ter sorte, ainda que limitada" face ao que morreu: "Estava uma médica na praia que foi ver o que estava a acontecer, viu que era um miúdo em paragem cardíaca e começou a fazer manobras [de suporte básico de vida] ainda antes da emergência médica ter chegado", declarou.
Este jovem, que sofreu ferimentos graves, acabou por ser reanimado no areal e transportado ao hospital, onde se encontra internado, mas livre de perigo.
Já a vitima mortal, acabaria por ser encontrada "mais ao fundo, ainda bastante longe [da praia da Tocha]. Mas nem o miúdo que deu o alarme correu umas centenas de metros, como as coisas [do grupo] estavam em zona vigiada, no meio da praia e quem lá estava ficou em choque. Não consigo compreender o texto da Autoridade Marítima, pode ser um erro de texto, que aceito que possa acontecer, mas que estão a passar uma ideia muito desagradável, estão", lamentou.
O centro de acolhimento vai proceder a uma "avaliação interna" do sucedido e Henrique Mendes dos Santos pretende que a Autoridade Marítima Nacional contribua para essa avaliação: "Vamos pedir para nos explicarem, até por posicionamentos, como eram as correntes, onde estavam os miúdos, onde entraram [no mar] e onde apareceram", indicou.
O presidente da instituição definiu ainda o grupo de sete jovens como "bastante pacato" e "todos amigos uns dos outros", acrescentando que a vítima mortal "de 14, quase 15 anos" era oriunda da zona de Castelo Branco e estava desde junho no Loreto, para onde foi enviada por ordem judicial.
Henrique Mendes dos Santos esclareceu, por outro lado, que a deslocação à praia da Tocha é um dos programas habituais da instituição em período de férias - onde se incluem, também, deslocações a uma praia fluvial ou à Mata Nacional do Choupal, em Coimbra, entre outras.
"Foi um grande azar, mas são coisas que lamentavelmente podem acontecer. A pessoa que foi [à praia com o grupo] está farta de ir, vai para todo o lado com os miúdos e nunca aconteceu nada", destacou.
O Ministério Público (MP) anunciou hoje a abertura de um inquérito às circunstâncias da morte do jovem de 14 anos, da zona da praia da Tocha, concelho de Cantanhede, disse à Lusa fonte da Procuradoria Geral da República (PGR).
Grupo de jovem que morreu na praia da Tocha estava em zona vigiada, garante instituição
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