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Fugas nas prisões portuguesas: 54 reclusos em cinco anos

Raquel Lito
Raquel Lito 20 de fevereiro de 2017 às 21:07

Na noite de fuga só havia dois guardas para 398 presos. Em menos de quatro meses, houve mais duas tentativas na mesma cadeia. O sindicato queixa-se à SÁBADO da falta de recursos; a Direcção-Geral revela os números de fugitivos

A operação de fuga da prisão de Caxias coincidiu com uma uma janela de oportunidade: a equipa de guardas estava desfalcada e no sábado à noite a situação agravara-se. O serviço funcionava a meio gás, uma vez que dois funcionários estavam num hospital civil a escoltar um preso internado. Sobravam dois para vigiarem uma população de 398 reclusos, num turno de seis horas. Por cada turno era suposto os guardas fazerem duas a três rondas pela zona interior do edifício de finais do século XIX, mas os recursos naquela noite eram manifestamente escassos. Das sete torres de vigia, só três funcionavam com igual número de guardas. 

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