Sábado – Pense por si

Fraldas e política: coisas de homens

Octávio Lousada Oliveira
Octávio Lousada Oliveira 15 de julho de 2017 às 18:00

“Como concilia a política com a vida familiar?” é a pergunta sexista que só se faz às mães. Era. Nós perguntámos aos pais, para equilibrar a questão. E eles contaram

Eles cozinham, engomam e fazem camas; dão banho aos filhos, preparam-lhes as refeições e mudam fraldas; levam -nos às aulas de inglês, aos treinos de futebol, basquetebol e atletismo e acompanham-nos ao cinema e aos restaurantes de fast food. Recusam o rótulo de pais modernos por repartirem as obrigações parentais com as mulheres (e também com as empregadas), mas fazem tudo o que podem com e pelos filhos. O verbo é mesmo esse: poder. Porque são poucas as folgas na agenda. São políticos profissionais e, assim como lidam com as reivindicações dos eleitores, já se habituaram aos protestos e às birras dos filhos.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.