Patrícia Gaspar adiantou que "na zona da Louriceira temos a indicação da eventual necessidade de evacuação mas não temos ainda confirmação de que as pessoas tenham sido retiradas destes locais", em declarações à TSF.
"A situação é dramática, ainda chegou a acalmar durante a manhã mas agora as chamas estão completamente descontroladas e decidimos iniciar o processo de evacuação da aldeia de Vale de Amêndoa, levando as pessoas para a Santa Casa da Misericórdia de Mação", disse à agência Lusa, cerca das 15h, o presidente da autarquia, Vasco Estrela.
A adjunta de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) confirma que há vários povoações no caminho dos incêndios: "Temos, quer em Mação quer em Vila de Rei, várias localidades, pequenas povoações que se encontram na zona por onde o incêndio tem estado a passar, designadamente Vale das Casas, Lousa, Penedo Furado, Casal Novo, mas também Chão de Codes, Louriceira, Borda da Ribeira, Tojeira e Casal Velho. Estas são todas as localidades mais críticas que neste momento, para as quais temos estado a projetar meios sobretudo na defesa destes aglomerados" afirmou Patrícia Gaspar em declarações à TSF.
"É dramático, o vento vai levantar-se durante a tarde e o fogo está a dirigir-se para a aldeia de Aboboreira e para a vila de Mação e os meios de combate no terreno são insuficientes para resolver esta situação", disse o autarca.
Vasco Estrela criticou ainda a actuação da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), afirmando não ver "em Mação o número de meios aéreos que estão indicados na página [13 meios aéreos, cerca das 15:00, segundo o site da ANPC]".
"Alguma coisa está a correr mal", criticou o autarca, acrescentando que, "numa hora crítica, estiveram mais de uma hora sem qualquer meio aéreo".
Contactado pela Lusa, o vice-presidente da Câmara de Mação, António Louro disse ainda que a aldeia de Louriceira "está cercada pelas chamas".
Este incêndio de Mação é proveniente de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, e deflagrou em Aboboreira às 00h01, segundo a página da ANPC, tendo diminuído de intensidade nas primeiras horas da manhã, mantendo, no entanto, duas frentes ativas que terão "tocado" durante a noite as aldeias de Cerro do Outeiro, Casalinho, Serra e Abobobeira, sem causar feridos ou danos em habitações.
"As duas frentes estão agora menos activas, tendo diminuído de intensidade nas últimas horas devido à descida das temperaturas e aumento de humidade, e estamos num ponto crítico para resolver este problema uma vez que as primeiras horas da manhã são decisivas para que possamos conter o avanço das chamas", disse à Lusa, cerca das 09:00, António Louro, vice-presidente da autarquia.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Protecção Civil, cerca das 15:45, estavam no terreno 310 operacionais, apoiados por 88 meios terrestres e 13 meios aéreos.
De acordo com a mesma página, estavam várias estradas cortadas, nomeadamente a EN 244-3, entre Louriceira e Serra, a EM 1284, entre Chão Codes e Vila de Rei, a EM 548, entre Chão de Codes e Aboboreira, e os Caminhos Municipais (CM) 1284, 75, e 1285.