Luís Neves refere que "fator vida humana pode estar em causa" e pede à população que não interaja com os cinco fugitivos da prisão de Vale de Judas.
O diretor da Polícia Judiciária avisou este domingo que os cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus que fugiram do estabelecimento prisional são perigosos.
O diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves, recusou apresentar a sua demissão, afirmando que não é essa a sua "maneira de ser nem de estar" desistir quando surgem contrariedades. Em conferência de imprensa, Gonçalves explicou que passaram cerca de 40 minutos entre o momento da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus e ter sido dado o alerta.
O secretário-geral Adjunto do Sistema de Segurança Interna, Manuel Vieira, avançou que a Europol e a Interpol receberam "todos os dados relativos à identidade dos indivíduos em causa" e que foram feitos contactos com as autoridades fronteiriças espanholas.
Já o diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, afirmou que a fuga foi "pensada ao mais ínfimo detalhe". "Quatro dos condenados são perigosos e tudo farão para continuar em liberdade. Quando digo tudo é tudo, até o fator vida humana pode estar aqui em causa", continuou o diretor da PJ . Alertou ainda a população para que se abstenha de manter contacto com os indivíduos em fuga. "Alertamos todos e pedimos que qualquer informação que a comunidade tenha que o faça veicular pelos canais normais, como o 112. Estamos a trabalhar em equipa", afirmou, lembrando que este é um "crime complexo, altamente organizado, muito bem preparado, com gente muito perigosa e com elevado grau de mobilidade, até em termos internacionais". "Que ninguém espere resultados imediatos", enfatizou.
Cinco reclusos fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa.
Segundo avançou no sábado a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), uma avaliação preliminar, com recurso a imagens de videovigilância, aponta para uma fuga dos cinco homens pelas 10:00 "com ajuda externa através do lançamento de uma escada, que permitiu aos reclusos escalarem o muro e acederem ao exterior".
"Conforme o protocolo, foram feitas imediatamente comunicações devidas aos órgãos de política criminal com vista à recaptura dos evadidos", acrescentou o organismo em comunicado.
O Sistema de Segurança Interna (SSI) indicou também no sábado ter sido "agilizada a cooperação policial internacional" para a captura dos cinco reclusos que fugiram.
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.
Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
De acordo com a DGRSP, já foi aberto um processo de inquérito interno, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção, coordenado pelo Ministério Público.
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