Estão suspensas as atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados.
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) contabiliza hoje 371 casos positivos de covid-19 entre trabalhadores, reclusos e jovens internados em Centros Educativos, tendo 18 casos positivos sido agora detetados na cadeia de Izeda (Bragança).
Em comunicado, a DGRSP, cujo universo é de cerca de 20 mil pessoas, informou que, após lhe terem sido comunicados quatro casos positivos de trabalhadores do Estabelecimento Prisional de Izeda, testou na quarta-feira e hoje "todos os 277 reclusos" daquela prisão e os seus 116 trabalhadores, tendo os resultados recebidos, até ao momento, indicado "haver nove reclusos e nove trabalhadores" da cadeia de Izeda com resultados positivos.
"No âmbito do plano de contingência em execução, a DGRSP determinou a afetação dos reclusos positivos, genericamente assintomáticos, a um setor independente do Estabelecimento Prisional de Izeda onde permanecerão em isolamento, separados da restante população prisional e sob vigilância e acompanhamento clínico", adianta a DGRSP, observando que ficam suspensas as atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados.
Os reclusos manterão, contudo, o direito legalmente consagrado a recreio a céu aberto e a telefonar.
Quanto ao total de 371 casos positivos, a DGRSP especifica que se reporta a 86 trabalhadores (59 guardas prisionais, 13 profissionais de saúde, seis técnicos profissionais de reinserção social, quatro auxiliares técnicos, dois professores e um auxiliar de cozinha e uma segurança de empresa privada), bem como a 283 reclusos e duas crianças filhas de reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires.
Os casos positivos entre reclusos repartem-se pelo Estabelecimento prisional de Tires (130), Lisboa (93) e Guimarães (23). Izeda soma nove detetados com os últimos testes realizados.
Na esfera da DGRSP contabilizam-se também 198 casos recuperados, sendo 103 de trabalhadores, 91 de reclusos e quatro de jovens internados em Centros Educativos.
A DGRSP refere ainda que o número de casos positivos no Estabelecimento Prisional de Lisboa (93 reclusos e seis trabalhadores) e no Estabelecimento Prisional de Guimarães (23 reclusos e três trabalhadores) se mantém inalterado.
"No Estabelecimento Prisional de Tires, após a nova testagem aos casos positivos para critérios de alta, foram comunicados já 18 casos que deram negativo, pelo que, de momento, neste estabelecimento prisional o número de reclusas positivas desceu para 130, mantendo-se inalterados os valores relativos às duas crianças que se encontram com as suas mães e aos oito trabalhadores (cinco guardas prisionais, dois profissionais de saúde e uma auxiliar de cozinha de empresa externa)", precisa a DGRSP, entidade tutelada pelo Ministério da Justiça.
Nestes três estabelecimentos mantêm-se, assim, suspensas as atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados.
Segundo a DGRSP, os reclusos, a quem são diariamente entregues máscaras, manterão, naturalmente, o direito legalmente consagrado a recreio a céu aberto e a telefonar, enquanto os trabalhadores em serviço nos espaços em que se encontram alojados os reclusos com testes positivos estão apetrechados com o equipamento de proteção individual adequado, nomeadamente máscaras FFP2.
Portugal registou hoje 6.994 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 69 mortes relacionadas com a covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Este é o maior aumento diário de infeções desde o início da pandemia, ultrapassando o máximo registado no dia 13 de novembro (6653).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 3.701 mortes e 243.009 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 81.384 casos, mais 2.703 do que na quarta-feira.
Covid-19: Serviços Prisionais com 371 casos positivos, incluindo na cadeia de Izeda
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.