"Hoje, Lisboa está a colocar em risco todo o país. Não esperem mais. Ou só há coragem para Ovar?", questionou Salvador Malheiro.
O presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, afirmou hoje que "Lisboa está a colocar em risco todo o país" relativamente à propagação da covid-19, deixando implícita a sugestão de uma cerca sanitária à capital.
Numa mensagem na rede social Twitter, o autarca do PSD começou por recordar que, em 17 de março, "percebeu-se o cerco em Ovar" porque "era o único município em contaminação comunitária".
Depois, "todo o país passou a essa condição, não fazia sentido fazer cercos", prosseguiu o presidente da Câmara de Ovar.
"Entretanto, tudo melhorou. Hoje, Lisboa está a colocar em risco todo o país. Não esperem mais. Ou só há coragem para Ovar?", questionou Salvador Malheiro.
A Lusa tentou contactar o autarca para obter mais esclarecimentos, mas até ao momento não foi possível.
A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) registou 77% dos novos casos de covid-19, concentrando 225 das 292 novas infeções, segundo o boletim da situação epidemiológica em Portugal divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Na região de saúde LVT foram detetados no sábado mais 225 novos casos, 77% do total, na do Centro 25 novos casos (8,5% do total), na do Algarve mais 22 casos (7,5%), na do Alentejo mais 11 casos (3,7%) e na do Norte sete (2,3%).
Em 17 de março, o Governo declarou estado de calamidade pública para o concelho de Ovar, o que configurou numa situação de cerca sanitária aplicada a todo o município, que durou um mês.
Portugal contabiliza pelo menos 1.530 mortos associados à covid-19 em 39.133 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da DGS.
Covid-19: Autarca de Ovar sugere cerca sanitária a Lisboa
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.